Dois anos atrás, ao completar 10 anos do 11 de setembro, resolvi escrever alguns posts e gravei um vídeo para um programa da TV Brasil sobre a data. Relendo hoje, parece tão atual que resolvi republicar aqui, convidando os novos leitores a conhecerem aquele debate:
1) O que você fazia dia 11 de Setembro de 2001? – relato pessoal sobre como vivi aquele dia e muitos comentários e depoimentos dos leitores dão uma excelente panorama do que foi o 11 de Setembro;
2) Passos para o 11 de Setembro – é uma tentativa de mostrar que o ataque não foi “mera coincidência”, mas um conjunto de ações feitas pelos EUA e suas conseqüências futuras;
3) O dia 11 de Setembro de 2001 – demonstro que ninguém estava preparado ou tinha tido qualquer insight sobre o que poderia acontecer naquela conjuntura, imprensa, partidos, talvez a CIA especulasse algo, mas não tão grave.
4) O pós 11 de Setembro – os desdobramento da reação americana, as invasões ao Afeganistão e Iraque, a derrota da política de Guerra ao Terror.
Como hoje é data “cheia”, os 40 anos do golpe no Chile, podemos pedir aos leitores que viveram aquele primeiro 11 de Setembro para nos contar como foi aquele dia em 1973. Seria de grande valia para novas gerações para compreenderem como funcionou um golpe patrocinado pelos EUA e pela burguesia local chilena, que derrubou um governo eleito de centro-esquerda, liderado por Salvador Allende. Em 1973, eu tinha apenas quatro anos, nada poderia falar, nem ouvi comentários, que possa lembrar sobre este golpe.
Neste momento vivemos mais um pré-guerra, a provável invasão dos EUA a Síria, é um processo de intervenções que se abriu em 1991 com a primeira guerra no Golfo, que se seguiu com a presença constante dos EUA na região. As reações à esta presença que culminou com o 11 de Setembro. Depois dele mais três guerras ao “terror”: Afeganistão, Iraque, Líbia. Todas elas com a mesma desculpa, todas elas assegurando o domínio das riquezas mais preciosas destes países, sem, entretanto, conseguir qualquer estabilidade, democracia e paz.
A pilhagem dos EUA levou mais miséria e a insegurança aos países invadidos e criou mais instabilidade aos outros países em que deram apoio como Paquistão e Egito. As empresas dos EUA lucraram com as guerras, mas, internamente, o país vive um momento grave com a economia patinando desde 2005, a saída mais uma vez é guerrear, invadir, espionar e criar medo no mundo. Bem longe dos ideais de “democracia” e convivência pacífica, com relações multilaterais, tudo isto foi jogado no ralo, como analisamos no livro “Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded”.
A data se renova, mas nem serve como reflexão, pois sempre teremos mais preocupações graves no horizonte. A ironia é que hoje os EUA darão respostas ao Brasil pela espionagem ampla contra o governo e as empresas locais, em nome da “guerra ao terror”?
Sobre 11 de Setembro – Por Arnobio Rocha
[youtube]http://youtu.be/sYXZrtXmPWQ[/youtube]
Uma aula sobre EUA e suas ações terroristas.Sim,sempre achei que os terroristas são eles.O mundo seria infinitamente melhor sem “os americanos tão bonzinhos”….. rs abs.