Café alimenta os chatos iguais a mim.
“Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem….” (Bertolt Brecht)
De vez em quando precisaria atualizar meu currículo, não o de emprego, ou formação acadêmica, mas o meu perfil, como me vejo, não como me enxergam, talvez, eles estejam certos, julgar é um belo exercício.
Essa semana passei por um estresse indevido, que simplesmente poderia ter evitado, mas foi didático, ou pedagógico, ambos, um açoite no Ego, uma chamada para a real, você não é o que é, você é o que dizemos o que é, aceite seu lugar, contenha-se, tenha modos, fique no seu quadrado.
É, foi engraçado, cômico, para não dizer trágico. Os parâmetros de validade de suas ideias são aqueles que aceita-se: Começa por onde você estudou, ou por sua “culpa” de não ter sido um uspiano, quem sabe pelo menos um filho da PUC. Mais, qual seu cargo e poder, sua hierarquia na fila do pão. Ainda que você não dê causa, você é responsável, ou fazemos uma falsa simetria.
Sua (má) educação determina que, ainda que você frequente ambientes, eles não são feitos para gente como você, é uma concessão nossa, que se sente na ponta oposta da mesa, afinal, nem garfos você sabe usar, fingimos não ver, mas anotamos no caderno, ou seria agenda celestial de D’us Google?
Sou reconhecidamente como um bruto, rude, sem noção, para enfrentar algumas situações cheias de vaidades, sutilezas e futilidades. Serve apenas de bate bumbo, de outra parte, todos se reconhecem, se encontram e se amam por isso, ninguém constrange ninguém, mais uma vez, sua presença é tolerada, não é que seja aceita.
Repetindo aqui, o dito outras vezes sobre meu Perfil:
“Esqueçam a piedade, isso não é uma busca de que se tenha dó ou comiseração, apenas se quer uma visão crítica e mais fiel do que somos. Nem nos preocupamos, nem antes e nem agora, em agradar ou fazer qualquer média, afinal somos o que somos, podemos enganar por muito tempo, mas não para sempre, então é melhor não procurar ser aquilo que efetivamente não somos”
Segundo:
“Bem é isto, eis meu perfil, bem realista e sincero, afinal temos que ter coragem de rir de nós mesmo, né?”
Ah, no desespero, somos apresentados ao “francês polido”, os adjetivos qualificam bem os bem-nascidos, ótimas formações.
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