“aos muitos males que nos ferem
agora vêm juntar-se novos!” (Édipo Rei – Sófocles)

Peço-vos que se dissociem de mim, pois há um mal que tomou conta da vida, quase na mesma proporção da trilogia tebana, em que descreve os fados funestos dos labdácidas, uma sequência de tragédias que vai destruindo de geração em geração, como forma de expiação, que desemboca em Édipo e Jocasta, finalizando com o final trágico de Polínice, Adrasto, Ismênia e Antígone.

Ando vivendo um círculo vicioso, parece que em um dado momento, lá por 2010, a roda girou solta e espanou, a coisa toda vem num crescente de males e tragédias pessoais, sem fim, doenças, mortes, emprego, país em queda livre etc.

Talvez isso seja algo corriqueiro e normal e se repita com tantos e tantas, apenas aceitam e não falam, nem resmungam ou apenas sublimam numa crença religiosa ou filosófica.

No meu caso, anuncio ao mundo, todos os meus males, como um desabafo, para exorcizar essa onda estranha, que virou um tsunami, esse blog virou a voz, para todas as falas.

Quase por teimosia seguimos em frente,.por dois vetores, em primeiro lugar, por uma fé inabalável de que vai passar, uma hora, passará, então, seguimos. Por outro lado, um segundo pensamento me assalta, será que essa teimosia é apenas curiosidade de saber até onde chegaremos, nesse mar revolto?

Aviso aos mais próximos, os supersticiosos, que acreditam em deuses e maldições, fiquem longe mim, quem sabe, a exemplo de Édipo, fure os olhos em expiação, e me exile em Colono, ou num lugar qualquer, em que não os atinja.

A frequência do país, somadas às vibrações pessoais, ruins, criam um som estranho, que fere os ouvidos e mentes, uma medida, será trocar a sintonia, mudar as curvas das senoides, buscar um novo ritmo para que um novo impulso venha transformar a vida.

Que fase!

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