“Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia” (Hamlet – Shakespeare)
Voltar ao mestre dos mestres, o grande bardo inglês, William Shakespeare, é um prazer sublime, não mais de uma vez li toda sua vasta obra, alguma delas, mais de uma dezena de vezes, como Hamlet, Macbeth ou Rei Lear. Muito difícil escrever sobre Shakespeare sem demonstrar devoção ou arrebatamento com cada livro, é um mergulho na alma humana, tanto para o mal profundo, como para mais doce poesia, o homem é visto de forma completa, integral.
No post Influências Literárias, conto como descobri, ou melhor como perdi o medo de ler Shakespeare, a inacreditável capacidade de escrever clássico como uma simplicidade que assusta, ou expressar pensamentos complexos com sofisticação e clareza, mesmo as questões mais íntimas de reflexões da alma são postas de forma precisa, que com pouco esforço se compreende.
A paixão por Shakespeare me consumiu de uma forma tão grande, que costumava dividir suas obras em blocos e as lia de acordo com a estação do ano, mesmo que aqui no Brasil as estações sejam quase teóricas, mas em São Paulo se consegue distingui-las, então era mais ou menos assim:
1) Primavera/Verão – lia as comédias, para refrescar o espírito
- Comédia dos Erros
- As Alegres Comadres de Windsor;
- Sonhos de uma noite de Verão;
- O mercador de Veneza;
- A Tempestade;
- Muito Barulho Por Nada
2) Outono – Dramas históricos
- Ricardo III
- Henrique IV – Parte I
- Henrique IV – Parte II
- Henrique V
- Vida e Morte do Rei João;
- Antônio e Cleópatra
- Júlio César;
3) Inverno – As tragédias
- Hamlet
- Macbeth
- Rei Lear
- Otelo
- Romeu e Julieta
Ano após ano, ia lendo e mesclando com as demais obras do mestre. Uma coisa que sempre me ocorre ao reler uma obra dele é o sentimento de estou lendo pela primeira vez, ilumina profundamente caminhos que percorri e não percebi, vejo novos aspectos, que antes pareciam secundários. Com Shakespeare descobri mais de mim do que qualquer outro autor.
Nos anos 2000 passei a ler Harold Bloom, um grande conhecedor de Shakespeare, foi um novo achado, suas obras monumentais me instigaram a voltar mais vezes aos livros, sempre que publicam alguma nova tradução das obras de Shakespeare procuro comprar, para entender melhor cada livro.
Já são mais de 30 anos, precisamente 34 anos, da mais completa paixão literária, tudo que disser sobre Shakespeare será pouco ou redundante, para os que aqui me leem, nunca se arriscaram a lê-lo – corram – ainda é cedo para começar e ver como a Humanidade vale a pena, pois Shakespeare é Humano.
PS: Neste link você pode baixar a maioria das obras de Shakespeare – Ebooks Brasil
0 thoughts on “Shakespeare – A paixão pelo Humano”