Arnobio Rocha Política As Fakenews são como a Hidra de Lerna multiplicadas pelas Rede Sociais

2405: As Fakenews são como a Hidra de Lerna multiplicadas pelas Rede Sociais


A Hidra de Lerna representa o esgoto da rede de mentiras e fakenews das redes sociais.

Hidra de Lerna, segundo a mitologia grega, era um monstro, filho de Tifão (titã) e Equidina. A Hidra habitava um pântano junto ao lago de Lerna (Argólida). A Hidra tinha corpo de dragão e várias cabeça de serpentes, que segundo o mito, as cabeças da Hidra podiam se regenerar, ao serem cortadas, renasciam, noutras versões, nasciam duas novas cabeças, o que impedia que fosse morta. Ainda pior, a Hidra era tão venenosa que matava os homens apenas com o seu hálito e os comia, se alguém chegasse perto dela enquanto ela estava dormindo, apenas de cheirar o seu rastro a pessoa já morria em terrível tormento.

Ora, as Fakenews, ou melhor, a Rede de MENTIRAS modernas, funcionam exatamente como o Mito da Hidra de Lerna, toda vez que se descontrói uma, aparecem uma nova, ou duas, algumas são variações da primeira, um cipoal de mentiras que se reproduzem e criam uma sensação geral de que a mentira se refaz, não permitindo que a Verdade se imponha.

Aliás, há uma famosa citação atribuída ao ideólogo nazista, Joseph Goebbels que diz que ‘Se você contar uma mentira grande o suficiente e continuar repetindo-a, as pessoas acabarão por acreditar nela”. é uma tese da chamada “Grande Mentira”, que foi apresentada por Hitler no seu livro Mein  kampf (Minha Luta) para atribuir aos judeus a politica de difamação do general nacionalista alemão, Erich Friedrich Wilhelm Ludendorff.

A extrema-direita no mundo, aqui no Brasil representada pelo Bolsonarismo e seus acólitos, se alimenta de uma técnica de comunicação muito clara de criar e se alimentar de mentiras, para justificar sua ação política, destrutiva, que se apresentam contra o “Sistema”.

O Brasil é vítima desse Método de política, que cresceu fortemente durante a última década, que venceu uma eleição presidencial e que fez um “não governo”, em que a grande ação de Bolsonaro (imitando Trump, ambos atendem ao ideólogo Steve Bannon) era negar o Estado, muitas vezes, criticava seu governo por não destruir o Sistema, e todo e qualquer um que por acaso o criticasse, até os seus acólitos mais íntimos, logo eram taxados de “comunistas”, “petistas” infiltrados.

O nível de paranoia não tinha/tem limites, pois ele ele negavam/negam a própria eleição de Bolsonaro, em 2018, o que leva ao raciocínio de que seriam (ou teriam sido) roubados em 2022, essa ideia tosca ganhou corações e mentes, até hoje, essa Grande Mentira, se sustenta, tem repercussão real na sociedade e todos os dias é retroalimentado, não importa qual tema em discussão, repetem a mesma cantilena e embuste.

Na presente tragédia do Rio Grande do Sul, o governo Lula, além de ter que trabalhar no limite do esgotamento físico e mental, de seus ministros, de milhares de servidores e servidoras públicos, da forças armadas, dos Correios, todos e todas empenhadas em ajudar a salvar vidas gaúchas, reconstruir o Estado, a economia, as casas, as escolas, os milhares de desabrigados (as), levar alimentos, água, roupas.

Tem que passar dia e noite respondendo as fakenews, as mentiras e as armadilhas políticas.

Tudo pode parecer ilógico, desumano e que não faria sentindo político. Ao contrário, tudo tem uma lógica, muito cruel e própria que a maioria de nós é tomado por elas e sem perceber tornamos veículo dessa técnica, pois as redes sociais funcionam por engajamento, não importa se estejamos negando, rebatendo as mentiras, o “bolo (da mentira) cresce, mas a faca (verdade) já não corta”.

O melhor combate nas trevas é divulgar o que se está fazendo.

Alguns atores/atrizes, pesos pesados, com capacidade de comunicar e de credibilidade adquirida nesse caos, devem dar as respostas, pois nossa tentativa de “combater”, tem efeito contrário, gera engajamento, para eles, os criadores de fakenews, não ajudando, infelizmente

Algumas ideias:

1. Publicar exaustivamente as ações positivas, seguir todas as redes sociais desse campo político;
2. Todos e todas devem republicá-las, em todas as suas redes, criar um movimento de defesa das ações que estão em curso;
3. Fazer comentários nas nossas publicações e republicar, sempre que acessar;
4. Ter pessoas específicas para respostas às fakenews
5. MJSP, PGR, MPRS, PF agirem imediatamente abrindo inquéritos e divulgando esse Inquéritos abertos, liminares que impostas aos que geram Fakenews
6. Reorientar militância sobre as ações e o que divulgar. NÂO ACESSAR redes da extrema-direita, não produzir engajamento.

A comunicação melhorou bastante nessa crise, mas há um sentimento de que ainda é pouco, muitas vezes porque ficamos impactados pelas Fakenews, inclusive potencializadas pela mídia corporativa.

A luta é grande!

PS: Consoante Paul Diel, a Hidra simboliza os vícios múltiplos, “tanto sob forma de aspiração imaginativamente exaltada, como de ambição banalmente ativa. Vivendo no pântano, a Hidra é mais especificamente caracterizada como símbolo dos vícios banais. Enquanto o monstro vive, enquanto a vaidade não é dominada, as cabeças, configuração dos vícios, renascem, mesmo que, por uma vitória passageira, se consiga cortar uma ou outra”.

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