“Os deuses condenaram Sísifo a rolar incessantemente uma rocha até o alto de uma montanha, de onde tornava a cair por seu próprio peso. Pensaram (os deuses), com certa razão, que não há castigo mais terrível que o trabalho inútil e sem esperança”, (Mito de Sísifo -Albert Camus)
É bem natural o desespero, a ansiedade que toma conta da militância de esquerda, de que o trabalho da Ação política nas redes sociais, especialmente nessa questão do Rio Grande do Sul, seja como o de Sísifo, até porque são muitos ângulos e percepções o que cria um caldo de cultura, quase sempre para uma certa derrota.
A longa vida enfrentando embates nas redes sociais, ainda na época do MSN, Orkut, bate-papo, ICQ, vamos percebendo como elas foram crescendo e se sofisticando, a massa de dados disponíveis são gigantescas e as ferramentas de análises e segmentação são afiadas, nada escapa da grande irmão.
Sem medo de errar, talvez seja essa, de enfrentamento da tragédia do Rio Grande do Sul, a melhor Ação política de um governo desse campo, de todas as épocas. Fomos massacrados no Mensalão, mas mitigado pelo crescimento econômico e por um conjuntura ampla de inclusão.
As jornadas de junho de 2013 significaram a derrota da iniciativa política e de comunicação do modelo petista de fazer e governar, a narrativa se perdeu. A lava jato, o crescimento da extrema-direita, o GOLPE e o governo Bolsonaro, representaram a mais importante narrativa da Direita organizada no Brasil, desde período inicial da ditadura civil-militar, os anos 1964-74.
Em 2022, mesmo depois de um governo desastroso, por muito pouco a extrema-direita não venceu, mas nos legou um congresso famigerado e um país destruído social e politicamente. Eles erraram apenas no 8 de janeiro, o que nos deu um fôlego para sairmos das cordas, ter força política para governar, sem apoios firmes, sem a certeza do mês seguinte.
A perda de apoio nesse início de ano de 2024, nos levou mais uma vez às cordas, por mais que a melhora dos números da economia nos animasse, a extrema-direita voltou a dominar as redes de forma avassaladora, as manifestações de Bolsonaro refletiram esse domínio.
A tragédia do Rio Grande do Sul parece nos trazer de volta à arena, por razões contraditórias, o eixo ultraliberal não tem resposta, apela ao ESTADO a salvação, desse lado o conceito de Estado se regenera. A firme ação política do Governo Lula, ainda que não apareça a todos, será uma redenção, uma oportunidade de ir para ofensiva política, mesmo em situação extrema.
Esse novo enredo se deve fundamentalmente a 3 elementos: Os Correios, o SUS e as FFAAs. Na parte mais visível, a campanha de solidariedade vence e vencerá o embate com as fakenews, nesse sentido só sobrou a extrema-direita as mentiras, nenhuma medida positiva.
Aqui é importante não esmorecer nenhum momento, as ações governamentais estão no ponto, o enfrentamento das mentiras se dá com as ações, temos vencido esse combate. Apenas mais um pouco de paciência, para que as questões sejam mais claras e nos conforte. Precisamos calibrar algumas questões, mas no geral estamos bem, a melhor comunicação em duas décadas.
Salvar o Rio Grande do Sul pode significar salvar a Democracia e dará um tiro de morte na ultradireita.
Essa deve ser a batida nas Redes sociais.
Venceremos.