Hobbit, uma jornada inesperada foi a retomada do universo de Tolkien ao cinema que havia sido explorada na grandiosa trilogia O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei) , ou melhor, o recomeço, a aventura prévia de Frodo Bolseiro. Recentemente, o próprio autor, teve sua biografia trazida às telas, no belo filme Tolkien.
Tem quase dois anos que o filme foi ao cinema, depois veio para os canais on demand, finalmente para o canais Telecine, mas por razões pessoais, a partida de minha filha, com quem dividia o prazer de assistir os filmes baseados nas obras de Tolkien, acabei sempre postergando o dia para ver o belo trabalho.
O filme faz uma reconstrução da vida do escritor J.R.R. Tolkien, desde a sua infância pobre, criado pela mãe viúva e depois a orfandade, adotado por famílias católicas, num país protestante, do começo do século XX, frequentar um colégio de elite e finalmente ir para Oxford.
Entrelaçado com a vida nos campos de batalha da primeira guerra mundial, a criatividade inata, a vida extremamente difícil, culmina com os horrores da guerra, das mortes, das perdas de vidas humanas, longes e próximas, que moldam o caráter para sempre.
Tolkien é um dos maiores escritores e inventivo do século XX, suas obras de criação de linguagem e de cosmogonia própria são admiráveis. A inventividade de uma terra mágica, de fadas, elfos, anões, heróis e os Hobbits, parte inspirada em folclore germânico, anglo-saxão e nórdico.
O gênio criativo de personagens ternos ou assustadores, influenciou toda uma geração do pós segunda guerra mundial. Os cantores, artistas, especialmente na Inglaterra, beberam da fonte desse ambiente mágico, psicodélico, fantasioso, uma geração das viagens lisérgicas, que viam fadas e elfos, mesmo nas garagens dos bairros proletários, onde surgiram toda uma geração especial do rock e da contracultura.
Tolkien é um filme que traz um sonho, uma possibilidade no meio de tanta incivilidade, nos destinos quase sempre previamente traçados.
Imperdível!
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