A semiótica explica essa fusão, Tarsila do Amaral e foto de Ricardo Stucker.
Lula diz, num dos discurso sobre a vitalidade e a disposição para uma agenda desumana, que é por ser um homem apaixonado por sua companheira, é uma forma poética de reconhecer que nos alimentamos pelo amor, muito mais do que pelo ódio.
Lula, a forma física e mental dele impressiona, aos 78 anos, a voz vai faltando, não a disposição de falar, se comunicar diretamente com o Brasil, poucos conseguem sintetizar o país, suas mazelas e suas potencialidades, de forma clara e objetiva.
A agenda é estressante, só de ler, dar cansaço, por exemplo, na quinta, 01.02, agenda no Planalto da posse do Ministro Ricardo Lewandovski, depois abertura do ano jurídico no STF, reuniões até tarde e viagem para São Paulo.
Sexta, 02.02, às 7:30 no Porto de Santos, evento até meio dia. Às 13 vai almoçar na Volkswagen, passeio na imensa, discurso empolgado, estava no seu parque de lazer, com os metalúrgicos e metalúrgicas, muitos abraços, fotos e conversas, até umas 17:30.
Logo em seguida, às 18:30, a volta de Marta ao PT, na Casa de Portugal, em São Paulo, ouviu os discursos e depois fez um longo discurso para Petistas, chamou os militantes à responsabilidade, disse que com 78 anos vai colocar o PT nos eixos, gostem ou não, falou que a representação política é infinitamente menor do que a identidade dos brasileiros com o PT, por quê?
Pensa-se, como um cara desses aguenta uma agenda tão pesada e ainda tem tempo de dar aula de real política ao Partido, precisava?
Lula fez um diagnóstico corajoso sobre o PT, sobre a militância política, o afastamento das bases, a burocracia e o ufanismo. Foi mais radical na análise do que boa parte dos analistas, de direita ou da esquerda, sem nenhuma passada de pano, na veia.
Deu um recado apaixonado pela política e como militar politicamente:
“Parem de falar com nós mesmos, não adianta eu conversar com a Janja, ela é minha companheira e militante, temos que falar com quem nos critica, ouvir e convencer”
E um Recado Duro aos dirigentes do PT:
“Podem alguns não gostar de mim (dentro do PT), mas o PT tem que me ouvir, tem que mudar, transformar em votos sua preferência e simpatia dos brasileiros, não dá pra governar com tão pouco apoio. Muitos querem se candidatar porque querem, ou tem um deputado que o quer para ter base futura, está errado”
Lula desafia a lógica da política, da idade, do tempo, conhecimento amplo, uma fonte inesgotável de energia e paixão.
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