2564: Um solo de guitarra e uma vida aleatória!

Piccadilly Circus e uma viagem aleatória.

Esse blog é muito aleatório, inclusive para mim, essa é uma das razões pelas quais não aceito post sob encomenda, pessoas que pedem sobre isso ou aquilo, pautas e temas, recuso, aliás, me inibem, reduzem o pouco que tenho de espontâneo e criatividade. Ademais, não ganho para isso e não quero depender disso para escrever todas as minhas emoções aleatórias, os sentimentos mais variados, felicidade, empolgação, raiva, frustração, pensamentos estruturados ou soltos, é um reflexo mais sincero e melhor tradução sobre mim, obviamente que mantenho algumas poucas reservas e silêncios.

Dessas coisas circunstancial que acontecem comigo, vindo ao trabalho, cedo, clima ameno, uma coisa não tão comum em Brasília, ouvindo músicas, as mesmas de sempre, às vezes incorporo uma ou outra, uma nova leitura de uma antiga, coisas assim. De repente entra um solo longo de Sultans of Swing, Dire Straits, a guitarra fenomenal de Mark knopler, que tantas vezes me acompanhou em viagens, momentos, vida, que me fez sonhar com aquele clube imaginário de Londres em que jazz, rock se misturam em longos desafios instrumentais, que um dia, real, na velha cidade, flanando pela ruas, olhando a paisagem, me senti naquela música.

Uma fusão de sonho e realidade, por um breve instante, senti Londres pulsar, a música viva em mim, não achei o clube, mas vivi a emoção de andar por ali, não era o momento da vida que queria estar, mas era o que era possível, naquele frio e congelante inverno de janeiro de 2019. Aquele solo de guitarra me abraçou nos becos entre Piccadilly Circus e Covent Garden, andanças soltas e curiosas, luzes, prédios e encantamento, a terra de Shakespeare, caramba!

Por razões ainda mais desconexas, ou não, volto à Escola Técnica Federal do Ceará, de onde nasci como cidadão e gente, minha formação política e humana, as minhas maiores descobertas sobre o mundo e sobre mim mesmo.

O fio condutor é a música, que de repente abriu um filme com cenários tão diferentes, mas que se juntam em mim, num só, no que sou, fui, que deveria ser, de alguma forma aconteceu, alguma projeção do que pensava em 1987 e veio em 2019, mas poderia ser 2025, pois o porvir quase sempre é incerto, com quase tudo na minha vida, em que fui fiando, de fio a fio, como Penélope, mas que se rompe e aí passo a refazer, um pesadelo de Sísifo.

A vida é sonho, mas viver é melhor do que sonhar. Eis a contradição de todos os dias…

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Author: admin

Nascido em Bela Cruz (Ceará - Brasil), moro em São Paulo (São Paulo - Brasil) e Brasília (DF - Brasil) Advogado e Técnico em Telecomunicações. Autor do Livro - Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded.

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