
Há cerca de 13,8 bilhões de anos, quando não existia nem tempo e nem espaço, uma colisão cósmica, uma explosão, causou a maior hecatombe que deu origem ao tempo/espaço, matéria e linearidade, o assim chamado Big Bang dando origem ao Universo, abrindo um processo evolutivo e de expansão que perdura até o tempo presente e calcula-se que terá pelo menos mais 5 bilhões de anos de “vida” e brilho, até ser engolido (ou não) pelo ceifador, o/os Buraco/s Negro/s.
Um sistema planetário, dentro de nossa galáxia, foi criado em torno do pequeno Sol, constituída pelos 8 planetas que giram em torno dele, tem sua origem datada há 4,6 bilhões de anos, num grande colapso que liberou energias e se conformou essa intrigada formação, entre todos os planetas, a Terra, depois bilhões de anos e em condições especiais, únicas, criou vidas animais e que por uma série de desastres evolutivos, colisões de elementos soltos, decretou destruições e, ao mesmo tempo, permitiu um surgimento especial, a linhagem que se chegou à humanidade.
Esses seres especiais são produtos de uma longa linha evolutiva, pequena na verdade se olhar o “tempo” do sistema solar, mas que chegou num estágio especial de evolução em cerca de 5 milhões de anos até o Homo sapiens, uma data em torno de 300 mil anos, mas a história associativa não passa de 50 mil anos, de forma estruturada, cidades, interações, comunicação, linguagem, escrita, não mais que 10 mil anos.
O impressionante impulso desses 10 mil anos, inclusive a capacidade de sintetizar essa “linha do tempo”, algumas vezes arbitrária, fruto de teorias, que se confirmaram ou se descartaram séculos depois, mas que foram fundamentais para o desenvolvimento da ciência, em todos os ramos, abrindo duas frentes, a compreensão do passado e o olhar para frente, o porvir, estabelecendo relações entre os “tempos”, até mesmo a sua determinação se não é mera regra criada de forma aleatória para definir marcos e medidas.
Ora, para além da ciências (exatas?), a humanidade desenvolveu-se em amplas frentes, especialmente no campo da subjetividade, das ideias que vão muito além da racionalidade e dos valores e padrões científicos, muitas vezes em conexão e como mola propulsora das ciências, noutras, é especulação para se ter uma razão (ou nenhuma) que possa justifica a nossa existência, nosso potencial intelectual e de capacidade de ir mais além, ou que gera múltiplas possibilidades para novos estágios de desenvolvimento e muitas vezes de aprisionamento ideológico e político.
O “tempo antes do tempo” pode explicar de onde viemos, compreender tantas conexões absolutamente incríveis e descobertas incríveis, o que permite a humanidade a entender seu papel num sistema em que somos fruto de condições tão especiais e sutis, um delicado equilíbrio e de situações próprias, um meteoro que vem e destrói, ao mesmo tempo traz elementos vitais que permitiram o surgimento de algo tão especial, que de tão especial, explica sua origem com fantasias e imaginário que cria criadores, os mais variados e escatologias do pós vida.
Um bom domingo, e a recomendação de um documentário da Netflix “Enigmas do Universo”.