Quem poderia imaginar que esse ser desprezível, como Bolsonaro, viraria Presidente? Caiu no colo, herdou a vaga de candidato da Direita, que cresceu com os ventos dos anos 10 e derrubou o governo petista, mas não produziu um candidato com capacidade de galvanizar aquela energia tóxica contra Democracia e contra Política.
Bolsonaro, uma espécie de escória no congresso por três décadas, de repente virou candidato e venceu. Obviamente que não tinha se preparado para vencer, muito menos para se tornar governo de um país continental, até então entre as 8 maiores economias do planeta.
Sair do discurso de NADA presta, quase um “fora todos”, não é fácil, mais ainda com um candidato que não frequentava nenhum grupo de inteligência, que pode dar sustentáculo a um governo. Rapidamente, Paulo Guedes, um abutre, especulador do mercado, fã de Pinochet, se oferece como interlocutor com o “mercado”, mas sem ter nenhum plano, exceto, entregar todo o patrimônio público.
Dois cara de sorte, Bolsonaro e Guedes, no primeiro ano de (des) governo em que se tolera todas as trombadas e bobagens de qualquer governo, o pequeno crescimento do PIB do ano anterior, 1.8%, caiu para 1.1%, apontando para uma recessão com a queda da atividade econômica do terceiro e quarto trimestre, o que apontava para o desastre que se avizinhava.
Entretanto, o segundo e o terceiro ano, veio a Pandemia do Coronavírus, e Bolsonaro e Guedes abusaram dos erros e das falas desastrosas, além da medidas ineficazes, mas a paralisia mundial com o fenômeno da pandemia, serviu de desculpa para a incompetência política, administrativa e econômica, inclusive, de dizer que o primeiro ano estava “ótimo” .
Para completar a sorte dessa dupla desastrosa. O ano 4, eleitoral, a maior desculpa dos desmandos, uma guerra Rússia X Ucrânia, serve de justificativa dos preços explosivos dos combustíveis, da cesta básica, como se nos outros 3 anos, tivesse tido guerra.
Bolsonaro é um cara de sorte, muita sorte. Guedes, idem.