É claro que o governo Bolsonaro festejará o crescimento nominal do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,6% em 2021, comparado a 2020, ano em houve a queda de 3,9%, no primeiro ano da Pandemia em que o mundo ficou paralisado, assim como o Brasil, que teve uma das maiores quedas, a recuperação é apenas a 13ª no mundo, pior, em dólar, o PIB é mais 10% menor do que o resultado de 2019.
A melhor base de comparação seria com o ano de 2019, visto que a base de 2020 foi bastante afetada pela pandemia e pela falta de política de compensação que induzisse pelo menos a manutenção positivo do PIB. Em 2021, com dados comparativos negativos, facilmente se chegou a um PIB enorme, de dar orgulho, se fosse verdadeiro.
Apenas no 4º trimestre de 2021, o Brasil saiu da recessão prolongada, que vinha desde o 3º trimestre de 2019, não há o que comemorar, quando se olha mais profundamente, o governo desastroso de Bolsonaro fará um carnaval, mas a realidade é muito dura com o povo brasileiro.
O Brasil chegou a ser a 6ª economia mundial, hoje é a 15ª, a queda acentuada vem desde 2015, o primeiro ano do segundo governo Dilma, a desastrada opção por Joaquim Levy, somada à ingovernabilidade congressual dominado por Eduardo Cunha e Golpistas, levaram o país para uma longa queda, o sacrifício rumo ao GOLPE de 2016. Dois anos terríveis negativos, 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,3%), com recuperação leve em 2017 (1,3%) e 2018 (1,8%), o que poderia favorecer o governo Bolsonaro em 2019.
O baixo crescimento em 2019 (1,2%) com os últimos dois trimestres apontando para recessão, contraria a falsa ideia de que em 2020, sem a Pandemia, seria de crescimento, a mentira contada por Paulo Guedes não se sustenta, ao contrário, ele deveria agradecer a Pandemia por esconder a desastrosa política econômica nesses 3 anos e 3 meses.
O ano de 2021 houve a aceleração da queima de ativos das estatais, entrega a preços vis, refinarias, campos de exploração do pré-sal, fertilizantes e toda sorte de desmantelamento do Estado. As tarifas públicas, os produtos da cesta básica e o preço dos combustíveis explodiram.
A Inflação é um dos indutores do PIB de 2021, criando a falta sensação de PIB maior, em números, do que efetivamente ele é, além de ser cruel com os mais pobres, serve para transferir renda dos mais pobres para os mais ricos, a concentração de renda é o resultado da política econômica de Bolsonaro-Guedes, aliás, este último é poupado pela grande mídia, como algo “bom” num governo degenerado.
Ano eleitoral será de guerra de narrativas, um número alto de PIB, mesmo sendo irreal, será usado, faz parte da luta de classes, o que interessa aos mais pobres e a imensa maioria da população é a sensação de desespero, com preços altos e baixos salários.