Arnobio Rocha Política Perplexidade com Bolsonaro e a Pandemia

1641: Perplexidade com Bolsonaro e a Pandemia


As saídas irresponsáveis de Bolsonaro passam uma  péssima mensagem de que não há uma pandemia.

A evolução da pandemia e seus números pornográficos dão uma tremenda sensação de torpor e impotência. Em 25 de março atingiu 500 mil infectados e 22 mil mortos. Apenas oito dias depois, 02 de abril, hum milhão de infectados e 52 mortos. Hoje, doze dias depois, 2 milhões de infectados, com 125 mil mortos. As curvas crescem e dão números assustadores para a tragédia.

Os EUA se tornaram o centro da Pandemia, 600 mil infectados e quase 25 mil mortos, até um mês atrás, 16 de março, o governo Trump desdenhava da tragédia, os números eram pequenos, menos 5 mil infectados e 82 mortos, algumas cidades e estados apontavam para o isolamento, o que era combatido por Trump. A curva se acelerou, nesses 30 dias, perdeu-se o controle, as valas comuns de Nova York expressam o desastre.

Os EUA estão testando de forma massiva e os resultados são absolutamente explosivos, o que deixa muito claro duas questões: A primeira foi demora de Trump pode ter sido fatal, politizar a culpa ou achar remédio milagroso atrasaram as ações, a segunda, o sistema de saúde e seu acesso no maior império construído pelo homem, fracassou no atendimento ao cidadão.

Ora, se nos EUA, a maior referência ideológica dos mandatários tupiniquins, tudo está em colapso, imagine-se aqui, nas terras tapuias.

Alguns se acham perplexos com Bolsonaro, como se fosse surpresa sua completa falta de empatia pelas pessoas, pela vida. Toda sua trajetória foi assim, nunca demonstrou qualquer compaixão, amor, suas aparições na Câmara eram escatológicas, a última tinha sido votar pelo impeachment fazendo discurso em homenagem a um torturador canalha e assassino. Qual a surpresa?

Formou-se nos últimos anos uma horda de sociopatas que se identificam com esses valores desumanos, que dão suporte às piores e mais sórdidas ações desse governo, especialmente nessa questão da Pandemia.

Na Avenida Paulista, uma espécie de palco, templo, dessa escumalha, depois de uma carreata, em que atrapalharam ambulâncias, desceram e dançaram com um caixão que representava o governador Dória, ex-amigo, aliado, agora chamado, vejam só: Comunista.

O número de casos no Brasil são baixos, por várias razões, entres elas, a baixa testagem, o que pode mascarar o problema bem mais agudo. Outa a sub notificação dos casos, infectados e de mortes.

Por outro lado, governadores, prefeitos, de amplo espectro político, se descolaram da política irresponsável de Bolsonaro e agiram com todos os elementos disponíveis, alguns, inclusive, que não são de suas competências, para enfrentar a Pandemia.

Caso não tivesse agido assim (governadores e prefeitos), o Brasil estaria em pleno caos, o que não está descartado, pois Bolsonaro e sua horda agem para boicotar as decisões, inclusive, do seu ministro da saúde.

O desfecho é imprevisível, só não deve é ficar perplexo com tudo isso, são consequência de (más) escolhas.

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