Arnobio Rocha Crise 2.0 Crise 2.0: 14N – Greve Geral

Crise 2.0: 14N – Greve Geral

 

14N : Convocação da Greve Geral

 

A Europa está em luta, amanhã acontece o 14N , o movimento sindical, social e político à Esquerda convocou uma imensa Greve Geral que tem adesão de 20 países, com expectativa de seja o maior movimento do tipo desde o advento do Euro. É uma resposta à Crise, a maior delas que acompanho aqui, na série sobre a Crise 2.0, o que é animador, pois demonstra a disposição de dar um basta ao planos de austeridades impostos pela Troika.

Esta é a maior e mais longa crise econômica mundial que só se compara a de 1929, com um grau destruidor de países como não se via a tantos anos. O poder de desagregação é imenso, desarticulou blocos econômicos poderosos, criando extrema dificuldades ao Capital, pois acabou atingindo o coração do sistema capitalista, levando simultaneamente EUA e Europa para baixo. As saídas apontadas pela burguesia dirigente, dominada pela fração do Capital Financeiro, só fez aprofundar o caos. Já são 5 anos e não se vislumbra um novo horizonte. Recentemente, a chefe Alemã, Angela Merkel, disse que a Crise continuará por mais 5 anos (Crise 2.0: Mais 5 Anos de Crise ).

O grande Capital, impôs ao Estado, diante da Crise abriu as burras para salvar os ricos, este Estado, aquele que mesmo que o Capital determinara seu “fim”, virou o fiador da salvação. Mas para que isto se execute fielmente, é imprescindível que enxugue qualquer recurso “social”, então surgem os famigerados planos de Austeridade, um enorme esforço das máquinas públicas para economizar com a proteção social aos mais pobres, em particular dos trabalhadores que são expulsos do mercado de trabalho. Conforme já dissemos antes no post Crise 2.0: Austeridade Piora a Economia, sem estes planos a economia estaria ruim, mas menos pior do que no patamar atual.

Os esforços de gerar superávits com cortes das despesas sociais, com Saúde, Educação e Previdência, são desmoralizados quando ao mesmo tempo se canaliza bilhões para os bancos, assim sem a menor cerimônia, uma rotina comum em todos os países que estão em maior crise, como Portugal, Grécia, Irlanda, todos sob intervenção da Troika, o feitor do Capital. Também na Espanha e Itália o movimento é o mesmo, salvar banqueiros. Nem disfarçam mais, é tudo feito às claras, o nível de revolta é imenso, mas não há uma resposta cabal de repúdio e mudança de rumos.

O 14N surge desta indignação, desta necessidade de se insurgir, todos ao mesmo tempo, cada um em seu país, juntos contra a Troika, a soma de todas as revoltas pode ter um resultado maior, as praças da Espanha, França, Grécia e de todos os outros países vão se encher, quem sabe nasça uma nova esperança, uma nova saída, que não esta do Capital.

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