Arnobio Rocha Reflexões O Viver e seus domingos.

2264: O Viver e seus domingos.


Viver no mar de incertezas

“Viver é melhor que sonhar” (Belchior)

Cada um de nós é uma pequena gota no oceano, bem poucos consegue provocar uma onda, raros os que são como tsunami. A consciência de nossa pouca relevância, quase nada significamos, abre uma janela para que possamos aceitar e dimensionar nossos sonhos e ambições de acordo com essa realidade inescapável.

É inevitável que no ocaso de todo domingo essas reflexões se tornem mais pesadas, funciona quase como uma sentença para entender qual o lugar que ocupamos na fila do pão, nem mais e nem menos.

É fato que em cada época histórica, grandes ou pequenos, acabam se perguntando sobre seus (nossos) limites, não há uma coisa especial, de um momento ou outro seja mais significativo, todos são, todos foram, apenas lá na frente, alguém consegue decodificar os signos de cada ciclo histórico, seus grau de importância, inclusive, das pessoas, ou de suas frustrações de se tornarem eternos.

É quase certo que vivamos nosso tempo (de qualquer tempo/espaço) em função apenas da luta pela sobrevivência e reprodução econômica, uma lida incansável, incerta, dolorosa, raramente digna, especialmente pelas diferenças de classes, de que a maioria vive excluída da riqueza que ela mesma produz.

Viver é lutar, eventualmente, sonhar.

O que virá na segunda, será sempre um mistério, a única certeza é que precisaremos de forças para continuar a trabalhar e trabalhar, sem que algo sobrenatural, divino, nos liberte da sina, afinal, o trabalho criou a possibilidade da existência humana, a sua apropriação, levará a seu fim.

Assim, seguimos, ou não!

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