2178: Bolsonaro, o Imbrochável? Um Brasil que caiu pelas tabelas.

O 7 de setembro da vergonha alheia e a melhor imagem das diferenças do Brasil

O 7 de setembro de 2022, o aniversário de 200 anos da independência do Brasil, ficará marcado na história por ter sido um espetáculo bizarro montado por um Presidente que teima em cometer crimes no exercício da presidência, desrespeitar o cargo e viver de envergonhar o Brasil aqui e no mundo, isolado, sem a presença dos poderes, virou um comício eleitoral com uso de dinheiro público, a máquina estatal a serviço de um candidato à déspota.

O mau gosto culminou com a confissão sexual de sua disfunção sexual, pois só assim se pode interpretar o coro “imbrochável”, que serve apenas para o deleite de um público idiotizado, o machismo explícito é apenas um detalhe, diante do tamanho do buraco político e institucional que esse irresponsável pôs o Brasil, um país que não dialoga com o mundo e é visto como uma piada, que Bolsonaro faz questão de interpretar.

Seria cômico, se não fosse trágico!

O orçamento secreto banca essa aventura, compra apoios e o uso da máquina estatal para um projeto burlesco, uma farsa que conta com aprovação de pelo menos um terço do Brasil, o que lhe garante um lugar num provável segundo turno, mas não satisfeito, faz de tudo para “melar” o processo eleitoral, tentar desmoralizar as instituições numa criação fantasiosa de uma fraude na urnas eletrônica, e do risco do “comunismo”.

Essa piada de péssimo gosto tem seus limites, o que talvez comece a ter efeito contrário ao pretendido, depois de hoje.

A mobilização do 7 de setembro era chamada como se fosse uma convocação para “tomada do poder“, derrubar o “sistema“, prender os corruptos do STF, por exemplo. Era essa a lógica de convocar de forma massiva os seus apoiadores e que deliravam em vídeos e postagens em redes socias, em que ameaçavam autoridades, figuras públicas e até mesmo um cidadão comum que usasse o vermelho.

A questão que se impõe é que, sem cumprir essa promessa de ruptura, os atos pouco acrescentam no cenário eleitoral para Bolsonaro, aquele que promete romper com o sistema, mas continua como candidato e dentro do calendário eleitoral, o que fica no bolsonarismo é sensação de ressaca moral, de frustração, foram a Brasília e nada aconteceu, o dia seguinte será o mesmo de ontem, sobrando apenas o delírio golpista e as teorias de conspirações cada vez mais risíveis.

O impacto pode e tende a ser negativo para Bolsonaro, pregou para os mesmos, usou e abusou do dinheiro público, um escárnio que medrosamente TSE e STF fingirão que não viram nada demais, aliás, esse espetáculo CARO de horrores só acontece pelo silêncio das instituições, pelo mau funcionamento do Congresso Nacional.

Serão mais 25 dias de campanha e de tensão, mas, aparentemente, a montanha pariu um rato, no máximo um folclore, o sujeito imbrochável (sic). No fundo não passa de um símbolo de insegurança sexual, no pior caso, uma propaganda enganosa. Na real um desrespeito às mulheres, o machismo que mata, se empodera com esse tipo de “herói”.

Triste festa, paga por nós, inclusive, o escatológico coração de D. Pedro I, aquele que se mandou para Portugal, na primeira oportunidade, isso demonstra o retrato de um Brasil que desandou.

Até quando?

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Author: admin

Nascido em Bela Cruz (Ceará - Brasil), moro em São Paulo (São Paulo - Brasil) e Brasília (DF - Brasil) Advogado e Técnico em Telecomunicações. Autor do Livro - Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded.

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