Meu querido amigo Lufeba nos deixou em setembro do ano passado (2021), e é um vazio imenso, o Twitter perdeu a graça sem ele, suas provocações, a forma com que levávamos as brincadeiras do futebol, ele, um ex-botafoguense que, segundo ele, cansou do chororô das derrotas e passou a torcer pelo Flamengo.
Eu chamava o Lufeba de “tio lokão do Pinel” “mulambento”, dizia que ele roubava a senha do wifi nos dias de jogos para provocar os nossos amigos, principalmente os botafoguenses, vascaínos e tricolores, sobrava para mim também, corinthiano, que ele devolvia e me chamava de “Napoleão do Juquery”. A resposta sempre mordaz e cheia de graça.
Foram onze anos de uma convivência de redes sociais, twitter, facebook, whatsapp e todos os espaços que dava para nos falar, de política, de revolução e sonhos. Alguns desses encontros se deram em São Paulo ou no Rio de Janeiro, uma forte ligação, nosso amor mútuo que alimentamos pelos nosso filhos, os deles e as minhas, que ele tratava como sobrinhas.
Lufeba era de um coração único, sujeito que se torna amigo para toda vida, com carinho, preocupação, foi o único carioca que disse “passa lá em casa” e deu o endereço (risos). Ponta firme, leal, companheiro e solidário, alguém que jamais vou esquecer, seus gestos de acolhimento, nos piores momentos pelos quais passei, ele esteve ali, conversando, abraçando e tirando um sorriso.
Por anos publiquei a resenha da sexta, nesse horário, “a música da sexta”, que logo pela manhã, ele me cutucava para que não esquecesse da publicação, nem que fossem umas 3 linhas, mas não poderia esquecer de postar, que ele fazia questão de retuitar.
Esse filme (Uma Canção para Marion) e essa música me lembram demais do meu amigo tão querido. Quanta saudade e falta.