Caminhando pelas ruas do bairro, sob sol escaldante, as ideias fervilham, neste quase fim de verão, que demorou muito para esquentar, mas quando esquentou, foi para ninguém dizer que não houve verão.
Veio o verão com as chuvas torrenciais, aqui, em São Paulo, as pancadas de chuvas quase sempre no fim do dia, para refrescar, entretanto, elas também vem para destruir e castigar a cidade e seus administradores, pelo desmatamento, pelas as construções irregulares e feitas de forma desenfreadas, que maltratam a natureza.
O calor é aumentado pelo asfalto que toma conta das ruas, quase nenhuma árvore para amenizar, aliás, uma ironia com o nome do bairro, “Praça da Árvore”, talvez pelo nome da estação do metrô com a construção de pedras invadida por uma vegetação a abraçar a construção.
Andar é um habito que cultivo há pelo menos 8 anos, em que paulatinamente troquei o carro, pelas caminhadas, uma questão de saúde, como também um prazer de andar e ver as casas, os prédios, as construções desiguais, nenhum planejamento, aqui, há menos de 80 anos era uma imensa chácara de japoneses, que alimentava o “centro”, depois fatiada em construções, sem padrão sem beleza, sem arte.
Há pequenas vila escondidas nesse bairro, com poucas casas, espremidas pelos feios prédios, mesmo os mais caros, o mau gosto impera, é uma lástima. Essas vilas poderiam dar um certo charme ao bairro, entretanto, a especulação e o abandono foram deteriorando as construções, à espera de uma incorporadora para “salva-las” da decadência.
O bairro que tem o nome informal, pois não há registro oficial de “Praça da Árvore”, cresceu em torno da estação de metrô, foi assimilando as outras denominações, “Mirandópolis”, “Chácara Inglesa”, se firmando como o nome do meio de transporte mais importante.