Há uma certa aflição, uma série de questões do passado que voltam à cena, toda guerra traz preocupações sobre o presente, no meu caso, o futuro é sempre um dia à frente, uma semana, um mês. É quase viver o dia a dia, nada mais, nenhuma uma grande ambição, ou grande projeto, exceto aquele de viver o momento, nem posso pensar tão diferente, uma equação bem simples, de o tempo vivido em função da expectativa de anos a serem vividos, não é tão longe, sendo consciente.
Esse ano, o mais longe que vislumbrei e me preparo, é a comemoração dos 80 anos de minha mãe em julho, para isso a ida para Fortaleza está encaminhada, quase uma ousadia diante dos últimos 12 anos em que fui praticamente obrigado a viver um dia após o outro, isso gruda na mente, ao mesmo tempo, o tempo passando ficamos mais pragmáticos, talvez mais práticos, contendo as grandes expectativas de outrora.
E vamos seguindo, claro que uma guerra, esse clima de incertezas vai contaminando o pragmatismo, os medos de que precisamos mais formas de sobrevivências, de pagar as contas ou cortar contas, essas coisas chatas da vida de adultos, que tanto perseguem a nossa vida, tornando-a chata e maçante demais, uma conta chama a outra, assim indefinidamente, o mês acaba e o outro chega com as mesmas obrigações.
Brinquei nas redes sociais de que em caso de guerra pediria MORATÓRIA, quem sabe uns meses sem fatura do cartão de crédito, as contas de consumo, enfim, tudo aquilo que minam nossa capacidade de viver tranquilamente. Quem sabe não vou aderir ao apelo daquele pessoal que clama para que você “abandone o capitalismo”. Fico imaginando como é isso na prática, nem os Rajneeshees foram tão exóticos.
É seguir, e seguir, sabe-se lá para onde, nem onde se vai chegar.