1981: Olhar de perto

Múltiplas realidades precisam ser olhadas de perto.

]Tem vezes que sinto uma certa decepção sobre o que escrevo, ou melhor, da incompetência em me comunicar, não apenas das falhas de forma (erros muitos), mas principalmente de conteúdo, e concluo de que o desejo é superado pela incapacidade de acertar efetivamente o alvo, o que exatamente precisaria ser dito e não consegui, isso realmente causa desapontamento, a sensação tola, vaidade tola.

È bem certo que alguns temas nem deveriam entrar nesse cardápio do blog, pois em regra, causam frustração justamente por eles serem urgentes, conjunturais e as respostas dadas são inadequadas e não causam o efeito pretendido. Tem mais a ver com a expectativa de que esteja colaborando com algo maior, um adendo, uma contribuição, e não funciona como pensamos que poderia ser, então é algo externo ao blog, o que não deixa de ser por falta de talento mesmo, sem meias palavras, sigamos.

Esses impasses criativos (ou ausência de), muitas vezes minam o tesão de escrever sobre questões conjunturais. Então volto aos temas que dão mais prazer e nenhuma frustração, não precisando nenhuma interação, ou desejo de repercussão, apenas o gosto de escrever, publicar, registrar as memórias, delicadezas, pequenas bobagens e cores, que nada cobram ou pressionam, apenas divertem a alma.

Exatamente como agora, ouvindo músicas, trabalhando e tirando meus quinze minutos de fuga para escrever aqui, zero compromisso com nada, exceto comigo mesmo, com a higiene mental, até porque, vou ouvir as mesmas músicas, pela certeza de que delas gosto, incorporando novas, cuidadosamente, para que não esqueças as que amo há décadas.

Algo parecido aos livros, muitas vezes prefiro reler os que mais gosto, quando começo um novo, fico avaliando o tempo e o prazer por aquele livro, vale a pena ir em frente, poucos efetivamente valem, é da vida, até porque há livros que li dez vezes, vinte vezes, vou ler mais uma vez, por uma pesquisa, uma curiosidade, de repente descubro coisas que não tinha percebido, parece incrível como deixamos escapar verdadeiros tesouros, pressa, ou descuido.

Por enquanto é isso, mais leve.

 Save as PDF

Author: admin

Nascido em Bela Cruz (Ceará - Brasil), moro em São Paulo (São Paulo - Brasil) e Brasília (DF - Brasil) Advogado e Técnico em Telecomunicações. Autor do Livro - Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded.

Deixe uma resposta