Há um ano vivemos um pesadelo mundial com a Pandemia. Não é que o mundo fosse “bom”, porém é fato que se tornou bem pior. Em todos os aspectos, especialmente o contato humano, o mais vital de não poder visitar, conversar, acolher, tomar um café, questões elementares,
Os avós que não recebem seus netos, ou com todas as restrições necessários pela segurança dos mais velhos, as maiores vítimas, pelas comorbidades e fragilidades que o tempo traz e que a doença ataca de forma mais feroz, não dando chances de recuperação.
As adaptações para os idosos são mais delicadas, a vida mais reclusa, o medo de sair, respirar, a própria razão de viver, a mais simples que eles tanto merecem. A preocupação deles com os seus filhos e seus netos, com as dificuldades de empregos, o impacto na economia, as incertezas que a pandemia trouxe para o cotidiano, as escolas fechadas, as aulas online, não poder ajudar e receber em casa.
A vacinação cria uma esperança, especialmente para os idosos, a felicidade de cada um deles, nos registros e nas fotos que os filhos e netos divulgam nas redes sociais, causam enorme empatia e emoção. É algo que é próprio do ser humano, esses sentimentos, a capacidade de sentir empatia, como se cada um desses idosos fosse um parente, um pai, uma mãe, nosso.
Minha mãe está toda faceira, tomou vacina no dia 06.02, não virou jacaré, mas parece que tem o efeito de rejuvenescer. Vi fotos dela com um ipad jogando, parece que o “chip” 5G chinês está fazendo com que ela aprenda logo a usar.
Depois, D. Fátima, apareceu visitando sua bisneta, Catarina, que nasceu prematura e está numa incubadora há mais de 40 dias. Até então, só a via por fotos, ela não podia ir ver, pessoalmente, ainda que de longe, hoje, estava lá, deve ter sido uma emoção imensa. Em breve estará nos seus braços.
A foto da minha sobrinha, Gleyciane, com a sua pequena filha, Catarina, sob olhar da sua avó/bisavó cuidando de longe, é quase um milagre da vida, que nos conforta e nos enche de esperança.
Vida longa, D. Fátima, assim cuidará da pequena Catarina.