Arnobio Rocha Política Vacina Contra Covid-19 e a Terra Plana

1696: Vacina Contra Covid-19 e a Terra Plana


A estupidez virou “política pública”.

“O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade” (Umberto Eco)

O Brasil, aliás, o mundo, entrou na Era da Imbecilidade, é um contexto bem próprio, pois a popularização da internet, via celulares, deu voz aos seres mais abjetos que existiam dispersos, agora ganharam coesão massificada (ou seriam apenas robôs?) que espalham todo tipo de insanidades, sem base humana, muito menos científica ou fundamento histórico.

Nega-se as verdades mais elementares como da terra se esférica, girar em torno do sol, os absurdos parecem piadas, entretanto é uma tragédia que ameaça o processo civilizatório, visto que esse movimento virou fenômeno político (de novo, negação) e que chegou aos governos em vários cantos do planeta.

Em nome de uma “liberdade de expressão” (sic) facilmente se Nega pesquisas, tratados, padrões tecnológicos, quase sempre vinculados à religiões que se aproximam de seitas, na indefectível frase: “É MINHA opinião”!

A penúltima “polêmica” é a Negação da validade das vacinas, em especial, a tão esperada vacina contra o Covid-19, nesse sentido há uma coerência, pois eles negavam a própria doença, que não passava de uma “gripezinha”, mesmo com as centenas de milhares de mortos, agora desqualificam a “cura”, com que base: Religiosa “liberdade individual”?

Ora, essa Liberdade de não se vacinar é, em outro sentido, a liberdade de  infectar/matar as pessoas,  quase expressam: “que morram ou tomem cloroquina, quem sabe Ozônio Anal?” Nesse sentido, o Bolsonarismo e afins são parte essenciais dessa ignorância militante e  fazem mal à saúde.

Deveria ficar explícito que os não quiserem tomar a vacina assinariam um termo em que declaram:

  1.  Abrir mão do acesso ao SUS em caso de doença;
  2.  Assumir responsabilidade em caso de contaminar terceiros, agravado em caso de morte;

A sua “Liberdade”de tomar se quiser, mas deve assumir os riscos graves dessa postura anti-humana e social.

Guiados por Bolsonaro, que seu governo fez publicizar a frase dele de que “Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”, é algo gravíssimo.

A CF, art. 37, caput, disciplina o tema.

A propaganda usando dinheiro público com frase do Presidente fere diretamente o princípio da Impessoalidade, que a administração pública deve OBEDECER, como disposto no artigo. Mais um entre tantos casos de Crimes de (ir) Responsabilidade, esse em especial, o sr Jair Bolsonaro trata da “liberdade” de não se vacinar contra o COVID-19.

A peça publicitária complementa com o slogan do ultraliberalismo capenga: “O Governo do Brasil Preza pela Liberdade dos Brasileiros”.

Esse crime contra a vida não tem resposta alguma, infelizmente o Sr Rodrigo Maia, continua a proteger o presidente de seus crimes, o que também lhe rende o crime de lesa-pátria.

É um momento pavoroso, o horror medieval, da ignorância, de religiosidade cega, voltou com força e virou a força motriz do ultraliberalismo econômico e político.

Que Tragédia!

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