1555: Por que é Impossível ser Indiferente ao PT?

PT e Lula, a importância política deles se reafirma na atual conjuntura.

A primeira questão é bem simples: O PT é a organização política mais relevante da história do Brasil.

É uma marca, um símbolo, uma construção que veio de baixo, que nasceu de momento único na história. Sua importância é tão grande que serve de paradigma à Direita e à Esquerda, que, ao não conseguir superá-lo, exigem que ele mude de acordo com às suas réguas, políticas, morais ou éticas.

Parece ser impossível a qualquer dos lado não querer pautar o PT. Mas por quê?

A luta política impõe o embate diário, nem sempre amistoso, muitas vezes sectário, mas é na dinâmica política e no enfrentamento que se cresce ou, por vezes, não se estabelece. A exigência de que o PT deve se submeter à lógica das demais correntes, na esquerda em especial, revela uma incapacidade política delas de o suplantar, então, melhor tentar aprisionar o PT aos seus limites.

Na Direita, o embate ideológico é direto, sem qualquer sutileza, como o proposto pelo Bolsonaro, o que parece mais franco e mostra a real preocupação do Kapital. O Alckmin, Serra, Ciro, todos usam do mesmo discurso de opor-se ao PT, como forma de se sustentar politicamente, ser alternativa ao PT é uma saída sempre usada, qual o problema do PT se reafirmar, de ser o que é?

O PT e sua política venceram quatro eleições gerais, foi ao segundo turno num momento terrível, com Lula preso, e mesmo assim teve 45% dos votos. Antes tinha enfrentado um segundo em 1989 e chegou em segundo lugar em 1994 e em 1998.

Lembremos, que a bandeira maior, brandida pela Direita era o desespero de  “tudo menos o PT”, o que por si só diz muito sobre a importância política no imaginário nacional, que um partido passa a ser sinônimo de uma posição ideológica.

Alguns embates, mais filosóficos, internos inclusive, aqueles em que se pede autocrítica em toda esquina, também é uma forma de empurrar o PT para uma paralisia sem fim, diante dos cruéis ataques, criminalização imposta. Alguns se reuniram para um franco processo de liquidação, de querer a dissolução dessa poderosa ferramenta de classe, a maior expressão da consciência de esquerda no país.

O PT por sua grandeza, pelo espaço que ocupa, acaba sendo alvo de debates irrelevantes, sem muita qualificação, quase para “tirar casquinha”, uns 15 segundos de fama, o que é parte do cenário, melhor ignorar e não responder, é se rebaixar ao nada. Comediantes da Direita, como Reinaldo Azevedo, tiveram no PT meio de vida, por que não a Esquerda, usaria do mesmo expediente?

A defesa de Lula é fundamental não para o PT, mas para Democracia, para Política, pelo Estado de Direito, desprezar isso em nome de uma formulação falsa de construção de alternativa, não Bolsonaro, mas ao PT, é subestimar a inteligência alheia, por que o PT acompanharia uma formação que visa a sua destruição, ou, no melhor dos casos, sua superação? Em nome de quê ou de quem? Ciro, Tabata, FHC et caverna.

Por fim, o PT foi se remodelando aos vários cenários políticos, não é pedir muito que se tenha um respeito pela organização que abriga homens e mulheres, na luta, as mais variadas, nesses 40 anos. A pista é grande, tem espaço para todos celebrarem, por que impedir os bons dançarinos de bailarem?

Abraços, de um amigo do PT.

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Author: admin

Nascido em Bela Cruz (Ceará - Brasil), moro em São Paulo (São Paulo - Brasil) e Brasília (DF - Brasil) Advogado e Técnico em Telecomunicações. Autor do Livro - Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded.

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