
Há uma Pressão/desconfiança (injusta, até aqui) sobre o ministro Alexandre de Morais e Paulo Gonet (PGR) à medida que se aproxima o julgamento do século!
Ao se aproximar das semanas decisivas do julgamento do núcleo duro do Golpe, em que estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e comandantes militares, uma tensão toma conta do Brasil, um clima esquisitos opiniões risíveis, como as colhidas pela Folha de S. Paulo de quem sem uma suposta unanimidade atrasaria a condenação de Bolsonaro, manchete que expõe uma torcida, não uma informação verdadeira, sem base legal que a fundamente, inclusive.
É preciso recordar que há cerca de um ano tudo que se lia na mídia corporativa e na mídia alternativa, entre juristas e políticos de todos os espectros, quase um consenso, era de que os articuladores do Golpe não seriam punidos, apenas os bagrinhos. Nem seriam indiciados, muito menos se tornariam réus, PGR não ofereceria denúncia, nem que o ministros Alexandre de Moraes a receberia eventualmente a uma pizza de acordão, ia e voltava do forno, sem assar.
Superada essa fase da desconfiança generalizada, começaram a falar da forma de denúncia/defesa, quase sempre aspectos formais e secundários, ou da demora exagerada e de que não seriam julgados. Não satisfeitos, de que nada ocorreu como o esperado (de que nada aconteceria com os líderes), passam a pressionar Alexandre de Moraes e Paulo Gonet (PGR), na esquerda (inclusive) na mesma medida que a extrema-direita esperneia, sem nem falar da pressão externa dos EUA.
É pouco?
Uma das coisas mais absurdas que tenho acompanhado, pois exigem deles aquilo que não acreditavam que fariam, é irracional, como penso, estamos tão perto de algo realmente histórico e fundamental para o Brasil, tanto do ponto de vista jurídico quanto político que não se pode meter os pés pelas mãos. Penso eu que está na hora de apoiar o STF, a PGR, especialmente o ministro Alexandre de Moraes por tudo o que tem suportado, sem ficar olhando pelo retrovisor, julgando-o como se fossemos tão superiores, porque parte desse comportamento injusto tem um certo ajuste de contas do passado.
Calma, muita hora nessa calma!
Por que isso?
A mim parece uma coisa da psiquê humana (brasileira em particular), de querer estar certo em tudo, um famosa torcida para dar errado (e não deu) e poder dizerem, meio que como a empáfia dos engenheiros de obra pronta: “Bem que falamos!” “Nós dissemos!” “Dali nada sairia”.
O Brasil tem essa complexidade tão própria de uma teimosia para que nada dê certo, ou “melar” as coisas que podem dar certo, quase um prazer mórbido pelo fracasso.