A China é um milagre da humanidade e de transformação em tempo recorde. Há cerca de 40 anos o pais, apenas como comparação, em 1995 Brasil e China tinham o mesmo PIB, ligeiramente maior o do Brasil, era 769 Bilhões de dólares e o da China 735 bilhões. Entre 1995 e 1998, estão bem próximos, com a China já à frente, o PIB brasileiro era turbinado artificialmente pelo paridade Real-Dólar, quando vem a maxidesvalorização, no ano de 1999, o PIB da China alcança 1 trilhão e o PIB do Brasil caiu para 600 bilhões de dólares. Passados 25 anos, o PIB brasileiro entre idas e vindas, chegou a 2.2 trilhões e o da China 18,2 trilhões.
Essa medidas são importantes e marcam a evolução dos países e principalmente as decisões que levaram à essa distância. A China em 1994 fez um acordo comercial/produtivo mundial, principalmente com os EUA , tornando-se o “chão de fábrica” do planeta, o que na época parecia um papel secundário, cujo mote era apenas o exército de milhões de trabalhadores chineses, em linhas de produções baratas para as marcas dos EUA/UE, no entanto, o Governo Chinês tinha um ousado plano de aprender e inovar, criar suas próprias marcas e fazer a transformação completa do país e de crescimento econômico, sair do nada e virar potência tecnológica.
Um pequeno exemplo vem dessa visão estratégica. Em 1996, a China criou duas empresas de infraestrutura de Telecomunicações, Huawei e ZTE, sem nunca ter produzido uma central telefônica, as duas eram linha de produção complementar das gigantes mundiais. Apenas 10 anos depois a Huawei já disputava mercado mundial com equipamentos engenhosos e futuristas, com incrível capacidade de adaptação ao setor. Mais 10 anos, a Huawei virou a empresa mais importante do mundo em 5G, a tecnologia de ponta na telefonia móvel celular.
Essa transformação econômica e social se deve a um rígido planejamento político para um país de 1,4 bilhões de habitantes, com alto índice de educação, formação superior, mestres e doutores e universidades com produção e pesquisa, colada nas demandas estratégicas do país, laboratórios e centros de pesquisas funcionando em empresas e departamentos que misturam público e privado, dinamizando a economia e a perspectiva de um país que ainda está em pleno desenvolvimento, que precisa alimentar, dar empregos e oportunidades a sua população gigantesca.
O futuro da tecnologia mundial vem da China e não é apenas entretenimento, mas avanços para todo o ecossistema social, econômico e meio ambiente, a fusão Telecomunicações, informática e Internet que produz não apenas equipamentos, mas software e algoritmos e que faz com que a China esteja na vanguarda, não surpreende o efeito do lançamento da Deepsek, pois, enquanto os EUA achavam que tinham retomado a liderança tecnológica com suas IAs, depois da surra que levaram na 5G, a China os derruba mais uma vez, o cria pânico e os analistas/jornalistas amestrados, tentam desqualificar o dragão, digo, a baleia chinesa.
O exemplo chinês pode não ser um paradigma para o Brasil, mas os acordos e a proximidade estratégica entre esses gigantes mundiais traz uma perspectiva de mundo completamente diferente e potencializa a criatividade, energia humana e futuro promissor do Sul Global, BRICS. As visitas mútuas entre os chefes de estados de China e Brasil reforçam essa ideia, em 6 meses duas cúpulas, uma no Brasil com a visita do Presidente Xi Jinping, agora a nova visita do Presidente Lula e os acordos firmados, é uma alternativa para o mundo, as oportunidades de negócios e comerciais são imensas.
A mídia corporativa brasileira demonstra seu completo divórcio da realidade quando ignora e se recusa a noticiar as mais importantes relações comerciais do Brasil em décadas, O verniz ideológico faz com a mídia corporativa sonegue ao Brasil a força desses acordos e encontros, além da relevância do país no mundo, as manchetes escondem o encontro dos presidentes no mais importante centro político da China em que o Brasil é recebido com festas e respeito.
Por outra mão, a retomada do Brasil no cenário mundial, hoje teve um gol de placa, que no futuro será lembrado como tão fundamental para a história do Brasil.
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