
Bolsonaro insultou o Brasil (mais uma vez) ao vivo, por quase uma hora, no início da tarde do dia 26/03, logo depois de ter se tornado RÉU, na primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por uma acachapante 5 x 0, abrindo a ação penal no processo da tentativa de GOLPE, que teve seu auge em 8 de janeiro de 2023. Ele foi aos microfones das redes TVs e vociferou todas as suas mentiras, atacando as instituições, as urnas, a Democracia, as autoridades, especialmente, o Ministro Alexandre de Moraes, o Presidente Lula e o Vice-Presidente, Geraldo Alckmin, não por ato falho, justamente os três que seriam mortos no plano de GOLPE fracassado.
Bolsonaro mentiu, como sempre faz, se vitimou, só que agora na condição de RÉU, o que torna esses arroubos um risco ao seu direito de responder em liberdade no curso da ação penal, principalmente pelos ataques às instituições, as ilações de que o STF revogou a prisão e os processos contra o Presidente Lula como salvo-conduto para disputar (e ganhar) as eleições dele, para isso, contou com a fraude nas urnas, praticada pelo Tribunal Superior Eleitoral, uma denúncia gravíssima que macula a imagem dos poderes constituídos, daqueles e daquelas que ocupam seus cargos, por eleições livres ou por escolha constitucional, como os ministros das cortes.
Bolsonaro busca desesperadamente afrontar as instituições, falando para seus partidários, induzindo-os ao confronto contra a normalidade, aliás o que faz é exatamente o que justificaria uma prisão preventiva, conforme prevê o Código de Processo Penal, no seu art. 312
“A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova de existência do crime e indícios suficientes da autoria.”
Ora, é outra coisa que Bolsonaro acabou de fazer, ou seja, ameaçar a ordem pública e econômica, e pode (deve), o judiciário, prendê-lo preventivamente para impedir que o “réu continue cometendo crimes que afetem essas ordens, causando danos irreparáveis à sociedade”.
A tática do bolsonarismo é o confronto político e o caos social, os ataques ao PT, ao Presidente Lula, ao Vice-Presidente, Geraldo Alckmin, com uma série infindável de mentiras, uma narrativa sem pé, nem cabeça, insinuando que eles estão entregando o Brasil para China, uma forma, inclusive, de angariar e pedir intervenção dos EUA no Brasil, coisa que é repetida por seus filhos, munidos pela “imunidade” parlamentar, de livre expressão, mas como toda há limites legais, quando põe em risco a soberania nacional, quando conclama uma nação estrangeira para que intervenha no país.
Alguns podem argumentar que é apenas a voz do desespero, de quem está cada dia mais isolado, o canto do cisne. No entanto, todas as condições de uma prisão preventiva estão dadas, aliás, parece o desejo último de Bolsonaro, na sua lógica política de que será um mártir e que será defendido por milhões, o que também demonstra uma nova fase de um GOLPE, de tentar derrubar um governo legítimo. É possível tolerar essa afronta? Até quando?
É preciso estar atento!
PS: Caso ele vá chorar, mandem vídeos.