Ser feio tem algumas vantagens (acreditem!), a primeira que você não tem a preocupação de bonito de que vai ficar feio, pois feio já é. Outra, feio não vai ficar mais feio, é um tranquilidade, basta se aceitar que é desprovido de beleza e segue suave. Você não verá feio quebrando espelho por não ser bonito, desde cedo você já sabe que é “feio”. Feio dificilmente será arrogante, não se pode ter dois predicados negativos juntos.
Dessa consciência você vai pensar como sobreviver num mundo da ditadura da beleza, quais as chances de alguém olhar para você e não ficar pensando: “Como se criou?”. A grande saída é estudar, se não der, ser bom em alguma coisa, cantar, dançar, tocar instrumentos, quem sabe virar artista, ator, cantor, escritor, cientista, professor, tudo vale a pena, se a feiura não é pequena.
Claro que isso é um chiste (ou não), vamos vivendo e convivendo com toda as situações e temos que levar na brincadeira, se iludindo que o que importa mesmo é a beleza interior (rins, fígado coração), que na velhice zera o jogo, olha que esperança boa, quando nada conta mais, então todos se igualam, mas tem uma “melhor”, depois de morto vamos para o mesmo lugar (cemitério ou cremação), quem sabe assombrar só no além.
Diante disso é realmente relaxar, sempre podemos dar sorte de alguém enxergar (mal) algo em nós e acabamos encontrando amores e vida feliz, se não encontrar cedo, quem sabe lá na frente quando o jogo se igual, não role alguém legal, afinal à medida que o tempo passa, as exigências vão diminuindo e dá certo.
Ao fim e ao cabo, nada como ser feio e bem resolvido (a) podemos rir de nós mesmos (as), pois sabemos que vamos ter outros atributos (será que não?) e seguiremos, feios (as), gostosos (as) e maravilhosos (as), cheios de si e, claro, sem medo de felizes.
A felicidade sempre vai acontecer, para feios e bonitos, mais para uns, menos para outros, a vida é cruel, né?