Mais um domingo que se fecha e com o seu ocaso veem as duras reflexões que nos assombram, pois as asas sombrias da segunda tomam conta do cenário, lá fora uma chuva que começou a cair mais cedo, definitivamente a época da baixa umidade de Brasília ficou para trás, mas a escuridão molhada aprofunda a melancolia.
Há muitos anos deixei de planejar qualquer coisa, tudo apenas acontece, dia após dia, sem nenhuma pretensão de que haja algo perene, que possa dar um sossego, tranquilidade, quem sabe uma previsibilidade, não isso, não existe, a rotação mudou, para mim, há mais de 14 anos, por situações bem particularidades, que a cada domingo, foi se aprofundando o divórcio de mim mesmo.
É (sobre) viver!
E percebo como é incrível como nos adaptamos a qualquer coisa, boas ou más, principalmente à segunda, é algo bem objetivo, a vida foi apresentando caminhos restritos e as resposta cada vez mais complexas, não há uma solução satisfatório ou possivelmente boa, adequada, apenas sentir e decidir, nada mais que isso, seguindo e seguindo.
Desejamos uma série de coisas nas nossas jornadas, algumas realizamos e nos sentimos fortes, poderosos, quase arrogantes, prepotentes, mas a queda é proporcional ao tamanho da altura do voo, Ícaro no ensinou em tempos perdidos, ou talvez seja a dificuldade de sabermos nosso metron, o equilíbrio entre o que é possível e o tamanho de nossa ambição.
Enfim, cada um de nós tem suas experiências, completamente distintas das minhas, assim vamos em frente, ou não!