Quase todos textos publicados, 2.496, aqui têm como ponto comum que eles são frutos de flashs de ideias que veem e que imediatamente viram alguma coisa, nada mais que isso, pequenas conexões cerebrais que alinham conhecimentos adquiridos, leituras e os textos viram síntese, ou mediação de conflitos, conceitos que carrego, valores e posições políticas, culturais, pessoais e visão de mundo.
Muitas vezes passam uma sensação para mim de que eles podem servir para mais alguém, de que há coincidência de sentimentos, no entanto, raramente essas reflexões têm pretensões maiores do que serem meus registros pessoais, autorais, independente do tema, não é para “lacrar”, “viralizar”, apenas para existir como gente, ser humano.
O meu modo de criação é o mais simples possível, nenhuma sofisticação, método acadêmico, estético, elaborações refinadas, são reflexos do que sou, do que acumulei na minha vida, uma experiência que tem validade, para mim, uma reafirmação de minhas idiossincrasias, nada mais, de um tempo antigo, havia vaidade, ego, mas ao fim e ao cabo, eles me definem e está bom.
Diria, simplificando, nesses 15 anos, de que os textos são 90% de criação livre (mentiras, teses, releituras) e 10% de inspiração, esses últimos ditam os 10, 15 minutos que gasto em escrever, antes no computador, papéis, há 10 anos, no celular, num grupo “eu mesmo”, depois transpostos para o Blog.
Registros, como esse feito durante a espera da comida, ou nos transportes coletivos, deslocamentos, intervalos, vim ao restaurante, pedi e escrevi, coisas comuns, que vieram de casa até o restaurante.
Bem, vou almoçar.