Desde que me entendi humano a leitura foi a faísca, deu-se quando juntei as letras e elas se tornaram palavras, que somadas formavam frases e ideias, com pouco mais de quatro anos, um mundo mágico se abriu na vida, dali as coisas passaram a fazer sentido, pois, até sonhar, tinha um propósito que aqueles livros diziam e minha vontade era morar dentro deles.
Nossa casa tinha muitos livros porque D. Fátima Rocha era professora e diretora de uma escola estadual, numa pequena cidade no interior do Ceará, nós, os cinco filhos, cada um ao seu modo, fomos apresentados aos livros por influência dela, e uns puxavam os outros para esse mundo muito maior do nosso lugar, mais largo do a Rua Humaitá, e a estrada do barro, atrás do quintal.
Minhas irmãs, Hermínia, Benedita e Luciete, seguiram a profissão mais humana de todas, da nossa mãe, a de Professor (a). Hermínia e Luciete, com pedagogia e letra, Benedita, engenheira elétrica. Pedro Filho casou com Jaqueline, professora, eu me casei com Mara, dentista e professora. Jéssica, filha da Hermínia, casou com o professor Rivelino. Paulinho, filho da Luciete e Paulo Maia (também professor), é professor de Educação física, e hoje tem um belo canal na internet sobre a linda profissão.
Minha sorte de vida é que todos os dias convivi com professores e professoras e a arte de ensinar esteve presente sempre em tudo, o que teve uma influência completa na minha vida, nas minhas escolha profissionais, em telecomunicações e depois em Direito.
Carol Ferraz, Martha Lossurdo, por exemplo, foram mais do que professoras, se tornaram amigas-irmãs, sócias, parceiras na defesa dos Direitos Humanos e da vida. Dos meus grandes mestres guardo o professor Gabriel, a D. Neuma e D. Terezinha (madrasta do meu pai), o Roberto Falcão, o professor Nelson Martins, o grande Eudes, tantas e tantos a quem devo cada pedacinho da minha história, das minhas escolhas.
Belo dia, às Professoras e aos Professores, especialmente para minha mãe, que nos inspira dia a dia, obrigado!