Quando a gente tenta
De toda maneira
Dele se guardar
Sentimento ilhado
Morto, amordaçado
Volta a incomodar
(Revelação – Clodo Ferreira e Clésio Ferreira)
Estava saindo de casa, hoje, 17 de julho de 2024, quando li no Facebook um post do meu querido amigo Joaquim de Carvalho, grande jornalista do Brasil 247, de que entrevistaria o poeta, letrista e cantor piauiense, Clodo Ferreira, mas que infelizmente ele falecera ontem, aqui em Brasília.
Vim caminhando pelas ruas da Asa Norte, aquele imenso sol e o azul que ser perde na mente, vinha ouvindo Revelação, a famosa letra que ele, Clodo, e Clésio Ferreira compuseram e Fagner a eternizou, numa gravação de 1978/79, em que eu, ainda criança, a ouvia, sem entender sua real dimensão e profundidade.
Há 11 anos cheguei a escrever um pequeno post: Banzo Cearense. Em que comento sobre Revelação e a saudade de um tempo que não mais existe (existia) e de Conflito, outra letra de Clodo, dessa feita com Petrúcio Maia, grande poeta, letrista e cantor cearense, que nos deixou tão cedo, há 30 anos. Esses gênios poetas se encontraram nos anos de 1970 pelo nordeste, escrevend e musicando a nova poesia Piorceará, ou CearáPior.
Quanta gente boa, os irmãos piauienses: Clodo Ferreira, Clésio Ferreira, os cearenses, do pessoal do Ceará: Amelinha, Belchior, Fagner, Fausto Nilo, Ednardo, Rodger Rogério e Téti. Petrúcio Maia, Manassés. Uma época de ditadura e resistência, de belas poesias, que esses grandes nomes tornaram a vida melhor e menos sombria.