O jogo Brasil x Croácia já se anunciava que seria difícil, muito difícil, pois a Croácia é a atual vice-campeã, tem futebol competitivo e de muito toque. A partida teve vários jogos dentro de um mesmo jogo. O primeiro tempo foi modorrento, duro, chato de assistir, o Brasil sempre atrasado no combate e não fazia seu jogo, nenhum momento teve domínio.
O segundo tempo inicia com o Brasil mais ligado, pressão por cinco minutos e as primeiras finalizações mascadas, falta de passes para quem podia marcar. Sairam Raphinha e Vinícius Jr, o primeiro não estava bem, Vinícius foi surpresa, pois jogava bem. Rodrigo entrou muito bem e se movimentou demais, ajudou Neymar e Richarlison que deu passes maravilhosos para Neymar e nada de Gol.
Vem a prorrogação e o primeiro tempo o Brasil mais ligado, mas não conseguia finalizar, até que num momento mágico, troca de passes, Rodrigo, Neymar e Paquetá (muito criticado), Neymar driblou o goleiro e fez um golaço. Segundo tempo, a mania do futebol brasileiro, recuou demais e numa bola que sobra, a valente Croácia, marca seu gol de empate, um castigo terrível.
Vieram os pênaltis e o narrado vem com aquela máxima de que pênalti é loteria, no fundo é desculpa de quem perde. Pênaltis são decisões cruéis, mas é de competência, concentração e uma dose de sorte, claro. A Croácia foi perfeita nos pênaltis e na partida, teve paciência no jogo, tocou bem a bola e no único erro levou o gol, se recuperou. Treinou bem seus pênaltis e não tremeu.
A geração de Neymar, Casimiro, Tiago Silva, Marquinhos se aposenta de forma melancólica.
Tite se despende da seleção com resultados medíocres, nenhuma inovação ou renovação, uma teimosia e certa arrogância, com um linguajar boleiro-coaching, uma lástima. Erros meio óbvios, mesmo para quem não conhece tanto de futebol, insistir com jogadores medianos, talvez seja uma geração perdedora, sem identidade com a seleção.
Nada a chorar.