Lula é o grande personagem da mais incrível reviravolta da história política do Brasil.
Depois de sair da presidência com os maiores índices de aprovação, tanto pessoal quanto de governo, elegeu a sucessora, Dilma que se tornara seu braço direito na condução do seu vitorioso governo, mas sem nenhuma experiência em disputas políticas eleitorais.
Lula era contado para voltar em 2014, mas aceitou que Dilma fosse para disputa da reeleição numa luta feroz, venceu, mas não levou, Uma espécie de terceiro turno se abriu imediatamente, em que Dilma não pode governar. Ao mesmo começou a mais sórdida campanha de destruição da imagem de um líder político do que se tem na história,
A malfadada operação lava jato foi um consórcio entre um medíocre juiz do Parará, com o Ministério Público e a grande mídia brasileira. As mais absurdas e abjetas acusações contra Lula e sua família, era alimentadas por vazamentos criminosos que a mídia dava generosos holofotes e páginas e páginas, que retroalimentava a sanha golpista/moralista de parte significativa do judiciário.
As instituições foram emparedadas pela Lava Jato, o governo Dilma caiu por conta deste vazamentos e Lula foi condenado de forma célere, sem nenhum prova que indicasse qualquer ilicitude. A sua condenação em segunda instância foi a mais canalha de que se tem notícia, era para lhe tirar a possibilidade de ser candidato em 2018.
Lula foi preso e ficou nas masmorras de Curitiba por longos 580 dias. Era dado como acabado, quanto mais tempo passava, menor chance de se reerguer. A mudanças de ventos veio com a #Vazajato, os diálogos criminosos entre o ex-juiz e o Ministério Público, a cumplicidade que lembra uma quadrilha, uma organização criminosa para prender Lula e ficarem ricos com palestras e uma fundação.
O ex-juiz se tornara ministro da justiça de Bolsonaro, o maior beneficiado com a prisão e a não candidatura (favorita) em 2018.
Lula primeiro é libertado numa decisão apertado do STF sobre prisão em segunda instância. Depois foi sendo inocentado um a um dos processos viciados pelo ex-juiz, que corrompeu a justiça.
Lula se habilitou para uma nova disputa eleitoral, mas com sua imagem bastante avariada, mesmo diante de um presidente genocida, insensível, estúpido e de um governo desastroso, Bolsonaro mantinha pelo menos 33% de intenções votos. Lula na faixa de 45%.
Uma série de medidas absolutamente demagógicas e contrárias aos 3 anos e meio anteriores, Bolsonaro abriu as “burras” do governo, praticamente congelou o preço dos combustíveis, reduzindo em 40% seu preço, em um mês, distribui bilhões em auxílio emergencial e fez cair a inflação no tacape. Transformando palatável um governo caótico nos últimos 3 meses.
A disputa foi acirrada, com quase vitória no primeiro turno, no entanto, a margem se reduziu absurdamente, com a vitória de governadores ligados a Bolsonaro no Rio de Janeiro, Minas Gerais e uma aliança esdrúxula em São Paulo, havia risco real de Lula não vencer o segundo turno.
Mas Lula, o Leão do Nordeste, como um ser mitológico, usou de toda sua energia contagiante e venceu, com a pequena diferença de 1.8%, 2,14 milhões de votos.
É um resultado gigante para Lula, sua imagem trucidadas por horas e horas de ataques na Globo, quilômetros páginas de jornais e revista. E diante de tudo o que foi gasto, as chuva de bilhões, o rombo nos cofres públicos, ter vencidos em condições extremamente adversas, ainda que num arco de aliança muito amplo, deve-se demais ao tamanho de Lula.
Hoje é comemorar, amanhã começa o imenso desafio de reconstruir o Brasil, em bases extremamente rebaixadas, um país fraturado politicamente, acirramento e ódio, além de recuperar a imagem internacional, o comércio exterior e a economia em frangalhos. Um congresso nacional terrível, as instituições respirando por aparelhos.
Boa sorte, Presidente Lula!