A farsa montada por Bolsonaro-Roberto Jefferson “deu ruim” quando Bob Jeff se precipitou e soltou o pino da granada, aquilo que seria uma “resistência” ao TSE e STF pela liberda, virou um espetáculo grotesco e grave que parece que terá efeito contrário ao pretendido que era virar as eleições, a campanha Bolsonaro perdeu o eixo, chamou o aliado de BANDIDO (como é a história “Bandido bom é bandido…”)
Bolsonaro voltou ao monotema: Urnas Eletrônicas fraudadas (sic)
É preciso compreender que numa eleição polarizada ao extremo, com votos consolidados em mais 95% de certeza em cada candidato, é quase impossível de se mudar o voto. É como se os eleitores ficassem “surdos” ao acontecimentos, porém, há pequenos espaços para mudar de lado ou conquistar votos dos poucos indecisos.
A farsa do Roberto Jefferson tem pequeno efeito, mas perceptível e pode ser significativo.
Vejamos, semana passada (17-23 Outubro), o Bolsonaro crescia, avançou alguns pontos importantes, sob efeito da pauta econômica, há uma derrama de dinheiro, campanha usando recursos públicos, ampliação do auxílio emergencial e antecipação de pagamentos, empréstimos consignados, tudo isso o fez crescer e relativizou a pauta negativa da ida desastra à Aparecida do Norte.
A luz amarela tinha sido acesa na campanha de Lula, uma preocupação com o crescimento, mesmo sabendo que não teria como virar, havia uma margem de vitória, mas a diferença diminuía, o que cria incertezas, leva ao desânimo, numa palavra: Paralisa.
Nessa semana, vem a expectativa sobre “o efeito Roberto Jefferson”, qual o caminho apontado? Ele começou a ser captado pelas pesquisas, PoderData e Quaest, pois mudou o rumo da curva, Lula abriu maior vantagem, até no Poderdata, e no próprio Quaest. As pesquisas IPEC e IPESP, mantiveram iguais, pois foram feitas sem a repercussão maior.
Talvez a pesquisa do Datafolha venha expressar essa tendência, pois na semana passada houve grande controvérsia com os números do Datafolha.
A pauta de Lula tem sido positiva, ato com frente ampla na PUC, em que reuniu o amplo espectro da política, parte importante do PSDB veio ao apoio e andar com Marina e Simone, reforça a imagem de que será um governo de unidade nacional.
O último embate será o debate da Globo.
HADDAD e São Paulo
Sobre Haddad, seu crescimento está colado ao de Lula, se houver esse impulso, ele vencerá em São Paulo, ao contrário das eleições presidenciais, em São Paulo, não há uma consolidação de votos, Haddad chega a liderar nas intenções espontâneas, o que demonstra uma contradição em relação à pesquisa direcionada, apontando uma chance de virada real.
A farsa do falso atentado em Paraisópolis, o desconhecimento completo de Tarcísio sobre São Paulo, a fuga aos debates, começam a apertar a diferença, o que anima a militância e faz com que a candidatura de Haddad, dada como acabada, volte a sonhar alto.
É possível #LulaLáHaddadAqui, depende da militância de rua e nas redes.