Arnobio Rocha Política A Primavera Vai Chegar – O Ato da PUC!

A Primavera Vai Chegar – O Ato da PUC!


Titãs: Lula, José Gregori e Margarida Genevois.

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. (Cecília Meireles)

Saí do Tuca, na PUC, depois Ato em Defesa da Democracia, com Lula e Haddad, aéreo com a atmosfera, o clima e a energia irradiada, apaixonado por alguns personagens absolutamente gigantes que nos fazem emocionar, ainda acreditar na vida, na luta, nos direitos humanos e na possibilidade de reconstruir um novo marco civilizatório.

Entrei no metrô Clínicas vi muitos jovens com adesivos do Lula e do Haddad, cheios de alegrias, parecia a primeira vez deles e delas, conversavam entre si. E passou um filme pela minha cabeça, desses quase 40 anos de militância, lembrei-me de mim mesmo, jovem da periferia de Fortaleza encantado com o frescor das ideias rebeldes, nos momentos finais da ditadura em 1983.

Vim andando pelas ruas do bairro, passei na padaria, pedi um pingado e o pão na chapa, instituição paulista, para prolongar o momento, desço a rua vazia, aquele vento de inverno tardio, que adiou a primavera, esperançoso que ela venha plena no domingo, no dia 30, em que a Esperança vai vencer a barbárie, a escuridão e o medo.

Mas minha cabeça não cansa de ouvir a voz lúcida e precisa de José Gregori, com seus 92 anos, fez a linda declaração de amor e admiração ao Lula, dizendo ser unilateral, que talvez ele (Lula) nem saiba.

A figura de José Gregori é gigante, assim como a de Margarida Genovois, com 99 anos, que fez questão de ir ao evento, dois ícones dos direitos humanos, suas vidas dedicadas ao tema, enfrentaram ditaduras e ali, nos falando em ter esperança, Gregori nos avisando da Primavera.

Uma noite iluminada pelo fogo da juventude, embalada pelas vozes experientes de Lula, Alckimin, Meireles e Pérsio Árida. Mas mais forte ainda por Martha, Marina (que fala incrível) e Simone Tebet. As palavras de Douglas Belchior, Dona Regina Santos, o grito da periferia daqueles e daquelas que são as maiores vítimas do Genocida.

Tudo foi grande, espetacular, para encher os corações de esperança e de energia, para esse últimos dias, como disse Marina, estado permanente de voto, de lutar pela vitória.

Parabéns ao Grupo Prerrogativas pela realização do evento, aqui faço minha mea culpa, pois tinha dúvida se era adequado um ato assim, diante de uma eleição mano a mano, Lula e Haddad, ficariam durante horas num evento fechado e poderiam estar em ambientes maiores. Admito, estava enganado, foi especial e simbólico,

Até a Vitória!

PS: Temos muito a fazer até domingo, todos os dias, todas as horas.

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