1843: O Brasil é Infeliz?

Um país mergulhado na tristeza, sem governo e sem esperança, como pensar em Felicidade?

“o homem não tem razão para filosofar, exceto para atingir a felicidade”.(Cidade de Deus – Santo Agostinho)

O Brasil despencou no ranking mundial da Felicidade, depois de frequentar lugares baixos no melancólico final do governo FHC, foi mudando a percepção nos governo Lula e Dilma, em que aparecia entre os primeiros colocados, a esperança da primeira década do século XXI, com crescimento, inclusão social e importância política no cenário mundial, parecia que o “Brasil ia dar certo”

Entretanto. a esperança foi substituída paulatinamente pelo desespero, a queda teve início justamente em 2013, impossível não ligar às famigeradas jornadas, pois coincide com à queda no ranking, que se acentuou no pós-golpe  de 2016 e chegou até o fundo do poço com o governo Bolsonaro e a pandemia, em 2020.

Há correntes que defendem a Felicidade como um índice mais importante do que o Produto Interno Bruto de um país, algo com um FIB em contraposição ao PIB. Um certo conformismo de que posso ser “pobre, mas sou feliz”, ou não importa ser Rico e não ser feliz. Quando na verdade o desenvolvimento econômico e social de uma nação, efetivamente, são fundamentais para a construção de cidadania e Felicidade.

Várias vezes tratei do tema Felicidade, sem jamais pensar em esgotar o tema ou que possa ser reduzir à fórmulas simples, quase matemática, ainda que haja parâmetros objetivos para servir de base essencial para que haja felicidade, ter direito à vida, à dignidade humana, à liberdade de ir e vir, de falar, moradia, educação, saúde, esse conjunto são fundamentais para vida humana.

A filosofia, a literatura, as artes em geral, ajudam a construir uma subjetividade que nos permite a compreender a Felicidade, sem desprezar que muitos encontram caminhos para felicidade na fé, na religião, em motivações aparentemente mais simples, no entanto, não menos complexas.

Santo Agostinho, por exemplo trata a Felicidade como um sentimento já vivido, que se tem na memória e ela é amor “Não sei como conheceram a felicidade, nem por que noção a apreenderam. O que me preocupa é saber se essa noção habita na memória. Se lá existe, é sinal de que alguma vez já fomos felizes. Eu agora não procuro indagar se fomos todos felizes individualmente, ou se fomos somente naquele homem que primeiro pecou, em que todos morremos, e nascemos na infelicidade. O que eu quero saber é se a vida feliz reside ou não na memória. Se a não conhecêssemos, não a podíamos amar”. 

O texto permanece aberto, posto que tenho plena ciência que as condições extremas vividas hoje influenciam nosso estado de espírito, não permitindo uma avaliação mais acurada.

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Author: admin

Nascido em Bela Cruz (Ceará - Brasil), moro em São Paulo (São Paulo - Brasil) e Brasília (DF - Brasil) Advogado e Técnico em Telecomunicações. Autor do Livro - Crise 2.0: A Taxa de Lucro Reloaded.

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