
Meu pai é o melhor avô que pode existir, mas se superou como Bisavô. A vida o tornou melhor ano a ano, por isto tenho esperança no futuro, em como encarar a idade e a velhice. Minha sobrinha manda uma foto no Facebook(via Wi F(átIma) do meu pai com o bisneto brincando com um filhote de cabra, a incrível comunhão de vida entre eles. A imagem deles é tão forte e poética, uma janela do que um dia gostaria de ser. O amor em estado bruto, puro. O velho e o menino.
Talvez a maioria de nós perdeu a referência do futuro, esquecendo dos sonhos e utopias na maioria das vezes desvinculada da vida real, do crescer, amadurecer e da última fase da vida, olhando como desenvolvimento natural dela. Sinto-me afortunado de ter em que me inspirar de como envelhecer bem, sem ódios, rancor ou amargura, meu velho virou alguém especial, cujo único sentimento é o amor.
A singular transformação de meu velho, de pai à avô(bisavô), é fantástica e rica, mesmo daqui, tão distante, fui percebendo a cada vez que o encontro como ele foi melhorando em todos os aspectos, a delicada relação que estabeleceu com cada neto é fora do comum. Ensinando-os a amar sua casa, tolerando as vadiagens deles, preparando-os para andar a cavalo, depois a dirigir carros, um a um, da mesma forma com mesmo amor e dedicação. Agora a oportunidade de amar sua quarta geração.
A cada um de nós, meu velho, surpreendeu, de nossas relações algumas vezes conflituosas, ao extremo amor e cuidado com nossos filhos, a forma como conversa e trata seus “bichinhos”, suas “princesas”. O norte da vida parece estar ali com Seu Pedro e com a Dona Fátima. A saudade é imensa, o amor é maior ainda.
Daqui apenas, obrigado.
PS: Dona Fátima, minha doce mãe, liga para mim no Facebook e diz que o velho é uma “cruz que ela carrega a quase 51 anos”, ele responde que é uma “cruz de isopor, enquanto a tua mãe é de chumbo”. Posso não morrer de amar por estes dois?
Lindo simplesmente lindo.