Desde 1978 assisto o Brasil em copas do mundo, em nenhuma vez eu vi a Seleção jogar bem no jogo inaugural, jamais, inclusive com várias polêmicas, como o 1 x 0 contra a Espanha em 1986, com gol mal anulado da Seleção Espanhola, ou o pênalti Mandrake contra a Turquia e o de ontem contra a Croácia. Mas o certo é que estreia é sempre uma tensão, a mais espetacular das seleções que vi, a de 1982, suou sangue para vencer de 2 x 1 a URSS, golaço de Sócrates e Éder, aos 44 do segundo tempo.
Ontem, foi ainda mais complicado, a Copa é no Brasil, as tensões do último ano, as cobranças desmedidas e a hostilidade no estádio, acabam trazendo mais dificuldades aos jogadores, pois a responsabilidade se torna muito maior, a sensação que estamos a um degrau ou do orgasmo ou da frustração geral, pressiona qualquer ser humano, por mais preparado psicologicamente que esteja, todo este extracampo influí no desempenho e só com o tempo, tudo pode voltar a funcionar normalmente.
O fato é que, a mesma torcida que cantou o hino junto, deixa se levar pela frustração e agride a Presidenta do Brasil, vaiar é norma, faz parte da nossa libertação pessoal, é ato interno para demonstrar como somos frustrados e precisamos constranger alguém que, em regra, esteja em posição superior a nossa, entretanto as ofensas do famoso: VAI TOMAR NO CU, é o reflexo de nossa má educação, não da Escola/Universidade, mas da nossa própria casa, do nosso lar, da responsabilidade dos pais na formação do caráter de nossos filhos. Talvez diga muito que as vaias saíram do setor “vip”, dos ingressos a R$1000,00 e de “convidados ilustres”. Vou ser bem direto, sou plenamente a favor das vaias, que se liberte as frustrações, individuais ou coletivas, mas a ofensa nos reduziu à imbecilidade.
O que parecia ser só tensão, virou terror com o gol contra de Marcelo, o 0 x 1, com a Croácia mais solta, dava a impressão de algo mais trágico, mais de 22 minutos, 25% do jogo e nada dava certo, burocraticamente os passes laterais ou as eternas firulas de Daniel Alves ia nos irritado cada vez mais. Eis que uma sequência de perde-ganha no meio de campo, a bola, caprichosamente caiu no pé mágico do pequeno gênio, nosso maior candidato a craque, Neymar, avança pelo meio e chuta, não muito forte, mas com grande maestria, a bola rola no cantinho, a explosão de alegria, o empate.
O primeiro tempo o Brasil jogou melhor, passou a controlar a bola, a dominar o adversário, não levou mais sustos, mas não transformou em novos gols ou lances mais agudos, o 1 x 1, não fazia justiça ao Brasil. O segundo tempo, o Brasil começou muito preguiçoso, sem inspiração, piorou, não retomava a bola, além de ter dado muito campo para a Seleção da Croácia, que tocava bem a bola, mas sem assustar, garantia o placar, sem correr riscos. Felipão trocou Paulinho, que estava apagado em campo, por Hernanes, principalmente porque o lado direito, Daniel Alves marcava muito mal. Minutos depois Oscar, o melhor do jogo, avançou e cruzou para Fred, que não tinha pegado na bola no segundo tempo, dominou e se enroscou com o zagueiro cavando um pênalti, que não houve.
Neymar bateu o pênalti não tão bem, mas o goleiro não conseguiu defender, nova explosão de alegria, a virada, mas uma sensação ruim de não ter sido gol “limpo”. Novas trocas na seleção, primeiro saiu Hulk, que não tinha acertado nada o jogo todo, entrou Bernard, depois Ramires e saiu para muitos aplausos, Neymar. No final, um erro tolo de Hernanes, na saída de bola quase deu o gol de empate, mas a defesa sensacional de Júlio César nos salvou. Na bola seguinte, Oscar fez o gol espetacular, para nos encher de felicidade, um chute colocado, de bico, decretou o 3 x 1.
Alívio inicial, vamos em frente, como disse Felipão, subimos o primeiro degrau, tem que ser um a um, até o topo, acredito muito nestas palavras.
#VaiBrasil
Brazil vs Croatia 3-1 All Goals & Highlights
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=MgHldy1c4r8[/youtube]
Quando a concordância (ou a falta dela) ME constrangeu.
se não se consegue respeitar a autoridade máxima de um País, poderiam ter respeitado a mulher (senhora). É uma pena!