17 de dezembro de 2025

12 thoughts on “446: A Perda da Inocência (Partido) I

  1. Colega, também votei no PT em várias eleições, em algumas delas tapando o nariz, pois já havia perdido a inocência com as articulações do Zé Dirceu preparando as bases para 1994.

  2. Perdi em definitivo minha inocência (a invasão da Tchecoslovária, a expulsão do Prestes e vários outros choques foram construindo aos poucos essa perda) na manipulação do debate LulaxCollor pela grobosta. Ali eu vi que a esquerda estava perdida. Até hoje considero a eleição de Lula em 2002 o maior feito do povo brasileiro. Entrar na cabine e votar num sindicalista odiado exigiu muita coragem, muita resistência às forças do mal. Àquela altura eu já estava numa desilusão política total (as derrotas de 94 e 98 foram mortais pra mim), mas mesmo assim admiro esta façanha contra a direita mais perversa do planeta.

  3. A história da esquerda brasileira é facinante e ainda está para ser contada a todos, inclusive na escola. Os fatos narrados no texto me levaram de volta à juventude, às comissões pró-PT, quando todos os que militarão em alguma organização de esquerda tiveram a mesma dúvida e os mesmo problemas narrados pelo Arnobio. Eu pertencia à OSI e foi um parto até que nos convencêssemos que devíamos nos juntar ao PT. Houve rompimento na organização, que existe até hoje. Concordo com a Marinilda quando diz que a eleição do Lula em 2002 foi o maior feito político da história brasileira. Em 89 as resistências eram fortíssimas e ficamos todos arrasados com a derrota, depois de chegarmos tão perto.
    Um abraço.

  4. Que ótima viagem aos anos 80. O que me espanta é que tem gente de 40 para cima pensando assim até hoje.
    Entrei numa discussão boba no facebook ainda há pouco, mas já me arrependi. Não dá para discutir com slogans.
    Vou te copiar para meu blog.
    Abraços.

  5. Meu caro Arnóbio, sua memória e capacidade de narrar essa quadra histórica tão marcante de nossas vidas militantes são de fazer inveja. É incrível como você lembra todas essas datas e todos esses detalhes e circunstâncias daquele período. Eu confesso que sinto falta daquele convívio gostoso que rolava, daqueles espaços de discussão coletiva, dos encontros festivos na casa do Assis Filho (não sei se vc os alcançou). Mesmo com todo aquele sectarismo, com toda aquela presunção (“os melhores filhos da classe operária”), com todos os vícios e desvios pequeno-burgueses que carregávamos, creio que foi uma experiência muito interessante e construtiva para.a grande maioria das pessoas que a vivenciaram. Merecia, talvez, um resgate analítico e descritivo de bons memorialistas como você, o João Emiliano, …

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