7 de dezembro de 2025

0 thoughts on “135: Crise 2.0: Soluções e Humor (Post 134 – 88/2011)

  1. Arnobio Rocha, parece que o que temos pela frente é uma forte pressão sobre o nosso parque industrial com perspectivas de desemprego e quebras neste setor. Europa e EUA estão agora graças aos mimados sem limites do mercado financeiro, sem mercado interno. Escolheram como opção para fazer dinheiro e retomar a economia,as exportações. Estas se tornarão mais competitivas e a China não terá como absorver sobrando para nós o excedente. Não podemos nos fechar para o mundo e temos que criar um mercado comum por aqui mesmo (Mercosul), o que já estamos fazendo apesar do que muito lentamente. Esta crise será longa é o que tudo indica. Só não quero que a globo, veja e seus clones, responsáveis pela informação(?) de cerca de 90% da população brasileira, caso esta crise venha a nos afetar, não convença o eleitor de que a culpa seria da esquerda. Nunca devemos esquecer que graças a mídia perdemos em São Paulo, Minas Gerais e em outros estados. E no Rio de Janeiro, sem alianças com PMDB de Sergio Cabral a situação seria Serra hoje dando as cartas. As esquerdas na minha modesta opinião, como continuam graças a mídia dominada, falando entre e para si na Internet, continuam subestimando o monopólio e poder da mídia.

  2. Melhor frase do texto, a meu ver: Toda crise de endividamento tem como conseqüência uma dificuldade de coordenação entre os agentes privados que, na realidade, são gestores de um serviço público. A rede de pagamentos, o crédito e a liquidez são serviços públicos que constituem, digamos assim, a rede informacional do mercado. Ou seja, a infraestrutura do mercado capitalista. VOCÊ NÃO PODE DEIXAR ISSO QUEBRAR.” Óbvio, Nada a ver com “premiar” banqueiros irresponsáveis, ou melhor, preocupados apenas com a salvar a própria pele. Tem ultraesquerdista aqui que precisa entender isso.

    1. Uma coisa é não deixar a infraestrutura do mercado capitalista quebrar – outra coisa, que pra mim é bem distinta, são as facilidades que são sim dadas aos bancos em relação a outros segmentos empresariais. Não considero isso uma mera avaliação leviana ultraesquerdista!

      O próprio texto do Arnobio traz o exemplo que aconteceu nos EUA, os executivos receberam bônus quando tudo estava falido! É uma desmoralização.

      Pra ficar em UM exemplo tipicamente brasileiro, onde o banco leva maior vantagem sobre qualquer outra empresa, cito o artigo do Fernando Brito no portal Vi o Mundo:

      “Quanto à má distribuição entre os setores, ela fica clara quando se observa os critérios de tributação: as maiores alíquotas incidem sobre a renda do trabalho. Os bancos, por exemplo, recolhem cinco vezes menos imposto de renda do que todas as pessoas físicas do país. E as empresas se valem da isenção de imposto sobre seu lucro, em boa parte, pelo ‘pagamento de juros sobre o capital próprio” feito a seus acionistas, entre outros mecanismos para “driblar” recolhimentos maiores.”

      http://ht.ly/6SXS4

      Considero essa informação relevante demais para ser rotulada como de ultra-esquerdista. A proteção exagerada dos bancos é um dado da realidade: quando eles estão em crise todos lembram da obrigação de socorrê-los, quando eles lucram, não querem reverter nada para a sociedade. E isso ocorre não só no Brasil mas também em outros países.

      No Brasil tem também o problema do alto custo do empréstimo: os juros cobrados dos pobres são no geral bem mais altos do que os dos ricos. Vejam aqui a história do Banco Pérola, da Alessandra França, e que mostra como é possível ir na contramão desse pensamento de que o banco “tem que ser assim porque é estrutural, é impossível ser diferente e blablabla”: http://www.somosbiografia.com.br/blog/?p=2084

      Pergunto: cadê a responsabilidade social dos bancos? Porque não se pode pensar num banco que dê conta de atender pequenos empreendedores e cumprir alguma função social a altura de seus lucros?

      São perguntas bem pertinentes e, na boua, não me sinto nem um pouco ultraesquerdista de fazê-las. Gostaria de ver mais economistas preocupados de fato com a renda das pessoas, com a qualidade de vida das pessoas, com os empregos, enfim, que se colocassem o desafio de estudar soluçòes que envolvem as pessoas da base da pirâmide social. É o mínimo que eu posso fazer.

      Ai, desculpa aí se o comentário foi longo…Mas ó Arnobio,seu texto está bom demais!

      Abraços,

      Amanda

  3. Sobre o Maílson, tive um colega de trabalho que dizia o ter conhecido e acompanhado toda a sua carreira de um simples “aspone” a ministro da economia.

    Dizia meu colega que o Maílson tinha uma memória boa e sabia onde determinados assuntos ou trabalhos estavam arquivados ou sendo efetuados/debatidos dentro da estrutura governamental, a tal ponto que era muito requisitado para dar pitacos exatamente por ele saber onde encontrar material para o assunto em questão.

    Quando ele percebeu que isto lhe dava “status” soube aproveitar essa “expertise” em causa própria, subindo vertiginosamente no coração do poder burocrático.

    Daí a Ministro foi um pulo, até pela falta de nomes que se dispusessem a trocar a iniciativa privada pelas “merrecas” que até então os ministros recebiam, afora o problema estrutural deixado de herança pelos governos passados.

    Até hoje, pelos comentários que ele faz, continua não entendendo nada de economia.

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