Nossa mãe com todos nós.

Hoje, 7/7, é o dia da minha mãe, não apenas aquela que me deu a vida, mas principalmente aquela que me dá amor todos os dias, que me ilumina e apoia, ainda me dar benção, força e acredita sempre que tudo se resolverá, não importa como e quando.
Minha mãe, D. Maria de Fátima Lopes Rocha, é uma mulher muito à frente de seu tempo, lá no interior do Ceará no começo dos anos de 1960, ela se casou com seu amor e não teve o destino tão comum de ser “dona de casa”, foi ser professora, teve 6 filhos (dois Arnobios, acreditem), depois foi fazer faculdade e se especializar, dedicação ao ensino público e para nós todos, um fenômeno.
Nossa mãe foi aprendendo com a vida, tomando consciência de classe, dos valores políticos e soube nos ensinar a sermos independentes e a lutar por nossos direitos, a estudar e a termos dignidade, buscar nossos sonhos e não desistir jamais.
Foi se politizando e virou nossa velhinha “vermelha”, um exemplo de valores e coerência.
D. Fátima Rocha é uma referência para nossa família, para os amigos e amigas, solidária, generosa e firme em tudo o que faz. Os últimos anos foram os mais difíceis, a perda de seu companheiro de vida, nosso pai, a abalou profundamente, depois a dureza da pandemia e isolamento, ela que sempre foi tão dada a receber em casa, almoços, jantares e cafés.
Agora vive seu outono com os filhos em volta, com um humor mordaz e sem perder a piada, assumiu a vez do Seu Pedro de contar histórias e causos, com uma memória ainda muito boa.
Muito amor, minha velha (“Quem é a velha?” ela perguntará), te amo!