
Há 5 anos, oficialmente, o mundo parou por conta do Coronavírus (COVID-19), aquele 11 de março virou um marco histórico para o mundo moderno, a maior pandemia em mais de um século e jogou o mundo numa incerteza completa, nada se tinha de eficaz para combater um “inimigo” invisível, nem muito menos como seria a vida nos próximos, dias, semanas, meses, anos. Tudo era absolutamente incerto, apenas um coisa precisava ser feita e urgente, evitar circular o vírus de forma dramática, isolamento e aguardar, sabe-se lá por quanto tempo e de que maneira a humanidade iria sobreviver.
Uma corrida contra o tempo em laboratórios para produção de algum tipo de imunizador que bloqueasse os efeitos letais, especialmente para os que tinham comorbidade, ao mesmo tempo a busca por UTIs, respiradores, técnicas mínimas de controle e colapso de sistema de saúde em quase todos os países, dos pobres aos riscos, nenhuma nação estava livre da tragédia, o isolamento não era uma opção, mas uma obrigação, que os governos teriam que enfrentar, ajudar suas populações a enfrentar aquela situação gravíssima, as mortes cresceriam em ritmo exponencial nos meses seguintes, colapsando inclusive os serviços funerários.
Ao mesmo tempo. uma série de loucuras foram tentadas como “alternativa” à ciência, e houve um incentivo ao negacionismo poucas vezes vista na história humana, toda sorte de irresponsabilidades e sem dúvida agravaram a quantidade de mortos e de recursos desperdiçados, exigindo mais gastos para hospitais e sistema de saúde em geral, no Brasil das mais de 700 mil mortes, a responsabilidade pelo menos 40% delas foi por conta do Negacionismo incentivado pelo (des) Governo Bolsonaro, inclusive, quando se negou a entrar nos consórcios de vacinas, ou de fazer piadas com a vacina chinesa, a primeira que apareceu no mundo.
A humanidade mudou radicalmente, para pior.
Naqueles tempos de isolamento, ou de poucos contatos, era uma negação ao modo de vida até então, o modo de vida “moderno” foi duramente questionado, em todos os sentidos, os valores humanos, a vida construída como um mercado de trocas, as diferenças de classes e seu consumo, a Pandemia colocou em xeque a vida, a existência, obviamente que o paraquedas dos mais ricos e remediados foi fundamental, pois tinha como suportar um isolamento, sem precisar se arriscar por trabalho em que tinha-se que se expor, com máscara (outros negavam seu uso), para sobreviver de alguma forma.
Havia uma tola esperança de que esse modo de vida iria mudar, algumas ação de zerar consciência aconteceria, não apenas aquelas LIVEs eternas e chatas, mas necessárias, ajudaria a que a humanidade se voltasse para si. Desgraçadamente, deu-se o oposto, houve um involução acelerada, de mais egoísmos, de aprofundamento da miséria e de comportamento de simplesmente não se reagir diante de um mundo caótico. Mesmo com as milhões de mortes, das doenças associadas, das sequelas físicas e emocionais, a Pandemia parece que não ensinou nada, nem individualmente, muito menos coletivamente, vide a eleição de Trump-Musk e/ou a força da extrema-direita negacionista no Brasil.
As lições elementares não foram tiradas é quase uma vitória completa do NEGACIONISMO, o que incluí o de que não existiu a Pandemia.
Tempos piores, vieram!
PS: Escrevi muitos textos durante o isolamento um dos primeiros segue aqui