Hábitos saudáveis para pessoas públicas, especialmente as de Esquerda
1. Ir ao supermercado
2. Ir à feira livre
3. Andar de transporte público
4. Tomar café na padaria
5. Ir à periferia, tomar café, comer feijoada
6. Ligar em call-center de operadoras (Internet, telefone, cartão de crédito)
7. ir à missa, culto, mesmo sendo ateu, se for o caso
Saber como a maioria das pessoas vive ajuda a entender a importância do PIX (por exemplo), não por intermediários, por gráficos, planilhas, tutoriais de youtube, mas por experiência real.
O PIX é a nova moeda, meio de pagamento, troca, compra, venda, uma sensação de não depender de bancos e suas taxas, ainda que ilusória, mas é algo que as pessoas entendem plenamente, sabem como funciona e criam modalidade de negócios baseados na ideia simples, é isso que determina o apego e apelo do PIX.
A derrota do Governo na questão do PIX por obra de um espertalhão mentiroso, bem orientado por marqueteiro, diz mais sobre nós do que sobre ele, não é a primeira vez que fazemos um grande recuo desmoralizante em medidas corretas, mas sem uma preparação para um enfrentamento brutal, na arena deletéria das redes sociais, em que a verdade é apenas um mero detalhe, que não conta para o resultado final dos embates.
O maior dos problemas, e de soluções, dos governos de esquerda no Brasil sempre foi de política, de como transformar em ação através de comunicação, cair no gosto popular, no dia a dia das pessoas, teve grandes vitórias nesse sentido, o Bolsa Família, é uma delas, o PAC, crescimento, a correção do salário-mínimo, outras não soube explicar, como em ações de educação e saúde, por exemplo, assim como perdeu a bandeira de combate à corrupção.
Apenas para comparar, quase por inércia, governos desastrosos, como o do Capitão Tarcísio de Freitas, sem nenhuma comunicação estratégica mantém boa avaliação, conta também que não tem oposição ou espaço de combate na mídia.
O enfrentamento contra os governos de centro-esquerda é ideológico, mesmo nessa versão Lula III, de uma composição ampla até a Direite, tendo como vice Geraldo Alckmin, ministros de direita, nem assim há arrego, a conotação para o capital é que é governo de esquerda que quer um Estado baseado no Bem-estar Social, em contraposição ao ultraliberalismo.
Por mais que a Economia tenha sensível melhora, muitas políticas públicas retomadas, no entanto, a pauleira da extrema-direita, em maioria no parlamento e com uma máquina ideológica destruidora, poucas vezes vista na história, transforma em pó as iniciativas, mantendo o Governo sob pressão diariamente, não lhe rendendo dividendos em suas ações.
Essa arena política, disruptiva ainda é um terreno extremamente árido para Esquerda, não se trata de apenas comunicação, mas como enfrentar uma máquina ideológica extremamente controlada, com peculiaridades completamente diferente de tudo o que fez em Politica em séculos. Há experiências importantes, como a do México, mas se aplicaria ao Brasil?
Uma dura lição e sem saber as suas consequências no futuro.