Arnobio Rocha Estado Gotham City IA, a Maquina Mortifera contra Gaza!

2492: IA, a Maquina Mortifera contra Gaza!


A IA vai muito além da cyberguerra, ela é a máquina mortífera real.

Os propagandista da chamada Inteligência Artificial (IA), tratam-na como a última fronteira do binômio homem-máquina, agora, obviamente, invertida a equação, pois seria Máquina-homem, nós como apêndice da máquina, como deuses, criamos algo nossa imagem e semelhança, com pitadas de maldades e sem nenhum senrido ético ou valor humano.

Os superalgoritomos que redefinem as configurações dos mais avançados computadores, com sistemas operacionais (OS), não mais produto dos insights humanos, mas derivados de sistemas e arquiteturas de software pensados por nós, humanos, no entanto, aprimorados e com elaborações mais sofisticadas por uma rede computacional de alto poder “pensante”, capaz de reprocessamento de ideias, redesenhar soluções e sistemas que recriaram OS.

Perderemos o controle desses OS?

Essa talvez seja a maior dúvida humana, a pergunta que se deve fazer em primeiro lugar,  visto que os vetores para criar tais sistemas foram parametrizados por uma lógica desumana, de auferir altos lucros, rotinas para que grandes corporações ganhem mais eficiência e possam melhor explorar a humanidade e os recursos do planeta.

Não há um princípio de validade humana, de que se desenvolva sob uma perspectiva de bem estar coletivo, orientado para combater as mazelas da vida humana, a fome, a miséria, as condições de vida precária, nem mesmo que possa significar uma melhora para mais amplas parcelas, ao contrário, o controle da IA é de uma minoria, da minoria, o que se impõe uma desordem destrutiva das sociedades, dos países, da identidades nacionais e o marco de soberania, agora compreendido como soberania digital.

Para muito além do risco de substituição da mão de obra humana, de profissões, de uma generalização da precarização de trabalho, a IA vai responder pela máquina de morte, a mais sofisticada máquina de guerra, não apenas a cyberguerra, mas a matança real. Senão vejamos, o artigo do filósofo italiano Franco “Bifo” Berardi, sobre o uso da IA no genocídio palestino, por parte de Israel é assustador.

Vale a leitura na íntegra I Israel e os assassinatos automáticos.

Alguns trechos são assustadores, a frieza dos autores do genocídio, a cúpula do Governo de Israel, combinado com a mais sofisticada das tecnologias, tem-se como resultado um genocídio moderno, asséptico e ameaçador, inclusive para quem os denuncia.

“A solução para o problema, acrescenta o oficial, é a inteligência artificial. Temos um guia para construir uma máquina de criação de alvos, baseada em algoritmos de aprendizado de máquina. Neste guia, há muitos exemplos de características que permitem identificar uma pessoa como perigosa, como estar em um determinado grupo de WhatsApp, trocar de celular com frequência ou mudar frequentemente de endereço […].”

Mais, o sistema operacional, baseado em IA, chamado Lavander, traz a partir de relatos de uma revista israelense uma visão de outro patamar de guerra, jamais vista ou imaginada:

O Lavender desempenhou um papel essencial no bombardeio da população palestina […] sua influência nas operações do exército israelense foi tão grande que os militares trataram as informações da máquina dirigida por inteligência artificial como se fossem decisões humanas […]. O sistema inicialmente identificou 37.000 palestinos como supostos militantes e considerou suas residências como alvos de bombardeios aéreos […]. O exército israelense atacou sistematicamente os indivíduos selecionados pelo Lavender em suas casas, especialmente à noite, quando famílias inteiras estavam com eles […]. Segundo duas fontes que entrevistamos, o exército decidiu que, para cada membro do Hamas indicado por Lavender, seria permitido matar até quinze ou vinte civis […] se o alvo fosse um oficial do Hamas, seria permitido eliminar até cem civis […].

É um ESTADO terrorista em essência,  com acesso à alta tecnologia, usando para um fim destrutivo, frio, calculado e francamente fascista, que faria inveja aos nazistas, de que os judeus foram suas vítimas, na crueldade do holocausto.

A IA sendo usada e dando forma do porvir, do que a humanidade pode passar, talvez nem governada por homens e mulheres, mas por máquinas em reprodução autômata, é esse o futuro, se é que é futuro?

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