Ontem, 27.09.2024, o Estado de Israel numa ação típica de terrorismo de estado, assassinou a maior liderança do Hezbollah, Hassan Nasrallah, num ataque fulminante no Líbano, apenas duas semanas atrás, havia explodido milhares de pagers, matando mais de 50 pessoas.
A nova escalada de guerra, depois do massacre de Gaza, que ainda continua, atinge o sul do Líbano, aumentando a tensão, pois ao contrário do pequeno grupo do Hamas, o Hezbollah é uma força política e militar, significativa no Líbano, é o maior partido do parlamento libanês, é já foi maioria até 2022. Aliado a isso, tem apoio do Irã, pois é uma organização de matiz religiosos Xiita, enquanto Hamas é Sunita.
A questão que se discute desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, a resposta de Israel foi absolutamente desproporcional, provocando um massacre genocida, contra mulheres, crianças, e sua maioria, criando em Gaza uma espécie de gueto, que em muito lembra o que os judeus sofreram na Alemanha e Polônia, na segunda Guerra.
A tática de guerra, o que em outubro passado ainda podia justificar, pelas mortes e sequestros feitos pelos Hamas, há muito virou o fio, na época, diziam que Bibi estava isolado, sem apoio, no entanto, a ofensiva frente ao Hezbollah, o fez ficar em alta nas pesquisas, ou seja, aquele papo de que era ato isolado de governo fascista, não se sustenta mais, é ação política calculada.
Bibi tem apoio real internamente, tem maioria no parlamento, é cercado por radicais fascistas, tem maioria na sociedade e, por fim, tem a proteção incondicional dos EUA, para o restante do mundo, ele, Bibi, vai ser um pária e levar o seu país junto.
Agora está liberado matar qualquer liderança de Israel sem comoção ou indignação seletiva?
Será que terá ainda defesa por aqui?