Era óbvio que a Extrema-direita teria maior percentual no primeiro turno, mas a tática da Nova Frente Popular (A France Insoumise (França Insubmissa), o Parti Socialiste (Partido Socialista), o Parti Communiste (Partido Comunista) e Les Écologistes (Os Ecologistas), se ajustou muito bem para o momento e se constituiu o verdadeiro polo de resistência ao fascismo, os números nacionais confirmam o excelente desempenho.
A tática suicida de Macron o levou à derrota, sem nenhuma necessidade, após as eleições para o Parlamento Europeu, ele convocou eleições nacionais, para o parlamento em que ele tinha maioria, poderia ficar até as próximas eleições e aguentar a extrema-direita, preferiu o tudo ou nada, perdeu feio, mas abriu um leque à esquerda muito interessante.
Percebo que estamos olhando apenas para um lado, a “vitória”(mais do esperada) da extrema-direita, sem entender, primeiro que quem foi derrotado foi o Macron, seu conservadorismo não se sustenta na direita. É o caso do PSDB, que foi engolido pelo bolsonarismo.
Olhando de forma mais ampla, se percebe que a esquerda saiu das cordas, vai ao segundo turno, depois de 3 eleições de derrotas, sem ir para a segunda volta, se posiciona bem para as eleições presidenciais futuras, deve capitalizar esse expressivo avanço, voltou a ser protagonista na França, o que diz muito para o mundo,
Macron não é o interlocutor da defesa da Democracia, como parecia e dependendo dos resultados do segundo turno, será o responsável por entregar à extrema-direita o comando do país, agora terá que conter os radicais do seu grupo e se unir à Nova Frente Popular, não há outro caminho.
Em rápidas palavras, a derrota de Macron se ao agravamento da crise econômica, o fracasso da guerra da Ucrânia e a incapacidade de lidar com a imigração, o que levou a extrema-direita a “comer” a direita do Macron, por um lado e a centro-esquerda, pelo outro.
Vamos com calma