Em abril, depois da espetacular vitória do Fluminense contra o Flamengo, no campeonato carioca, escrevi um texto: Diniz e o Dinizismo na seleção brasileira? Onde disse que: “O personagem principal do time do Fluminense é o seu treinador, o jovem treinador Fernando Diniz, um esforçado jogador que começou no Juventus de São Paulo, passou por Palmeiras, Corinthians, Fluminense, Flamengo, Santos, Cruzeiro, entre outros”.
Na época aponte que “Diniz é realmente é a melhor novidade entre os treinadores brasileiros, compõe hoje com Abel Silva e Vojvoda, o trio dos melhores técnicos do Brasil. São diferentes entre si, com filosofias distintas, mas que montam times organizados, vistosos, que dá prazer em ver jogar”
A trajetória do Fluminense tem o DNA de Diniz, um treinador corajoso, diferente, que ama futebol, respira o jogo, sabe como poucos que é preciso inovar, dar dinâmica e soluções com jogadores de gerações diferentes. O grupo é uma gama de excelentes veteranos, como Marcelo, Ganso, Keno, Cano, Felipe Mello e o mais que veterano, o goleiro Fábio. mesclando com garotos como John Arias, Nino, Kennedy, André.
As mudanças e variações táticas, mexe e desafia jogadores, até os que não craques, viram excelentes jogadores, os veteranos vão ensinando no decorrer das partidas, incentivados por treinador que dá a liberdade para a criatividade, as decisões de jogadores em campo, que é rígido, mas que abraça os seus, defende e não os culpam em nada, um escudo.
A campanha extraordinária da Libertadores foi coroada com um título, teve pontos de puta poesia, o 5 x 1 no River Plate, e de magia, a virada sobre o Internacional fora de casa, antes um empate improvável, com um jogador a menos, em casa, contra o mesmo Internacional.
Cano é o iluminado, o cara dos gols impossíveis, de jogadas sensacionais, finalizações, o argentino é um exemplo de dedicação, humildade e mortal na área, ele simboliza uma forma de jogar, objetividade, eficiência, solidário e que respeita os companheiros, quando é jogador tático, mesmo com 36 anos, se dedica, marca, dar carrinho e quando acha que não é o dia dele, marca gols. Artilheiro, 16 gols em 16 jogos.
Ganso e Marcelo, são os dois craques. O peso da idade, contusões de PH é compensada com a capacidade de se apresentar para o passe, curtos, precisos e visão privilegiada, desde sua área até no ataque. Marcelo é o cara que veio dar liga, amor, não precisava mais jogar, 5 vezes campeão europeu e do mundo pelo Real Madrid, apenas a paixão pelo Fluminense explicará o que fez,
O Fluminense merece muito, Diniz e seus comandados estão de parabéns.
Por fim é preciso dizer que a vitória do Fluminense representa uma esperança de que o bom futebol venceu, a criatividade e inventividade, o sonho de outro futebol de Diniz, pode ganhar, mesmo respeitando o grande Boca Jr, supercampeão, mas hoje é apenas um time esforçado e o peso de sua camisa e tradição, um futebol de resultados, seria uma derrota para a fantasia.
Viva o Fluminense, viva Diniz!