Primeiro devo dizer que sou solidário ao Vinícius José Paixão de Oliveira Júnior, ou apenas Vini Jr, um cidadão brasileiro, nascido em São Gonçalo, Rio de Janeiro que com quase 23 anos, está perto de ser eleito o melhor jogador do planeta, com todas as honras e mérito, mas que tem sido agredido quase toda semana na Espanha, nos jogos do Real Madri, por injúria Racial, ou simplesmente Racismo.
Isso é uma INFÂMIA, degradante e atenta contra os Direitos Humanos, que extrapola o campo de futebol, atinge a política espanhola, o país tem de tomar as medidas necessárias para o combate ao RACISMO e a reparação, que cobre caro da tal La Liga, dirigida por um Fascista, o Sr. Javier Tebas, o presidente da Liga Espanhola, apoiador do Vox, partido fascista de extrema direita, que minimizou e ofendeu Vini Jr.
Foi uma noite difícil, pensando nessa infâmia, dormi mal, acordei li a declaração de Vini Jr:
“Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhois que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui”.
Nunca fui à Espanha, nem pretendo ir.
Penso que entre os colonizadores, fácil saber que foram os mais cruéis, como foram genocidas, criaram uma máquina de exterminar os povos originários e suas culturas milenares, não se diferenciando dos portugueses, franceses, ingleses, mas o rastro de morte é infinitamente maior.
O castigo é que nunca gozaram do que roubaram e saquearam, na América e no mundo, sempre tiveram títeres como líderes, e dependentes de outros países, a sua burguesia monarquista que se locupletou e que tornou o pais desigual, até hoje, mesmo internamente as regiões que se pretendem autônomas são tratadas com mão de ferro.
O que não custa lembrar que no século XX passaram décadas sob o fascismo de Franco, a ditadura mais longevas junto com o salazarismo de Portugal, e ideologia se mantém forte, com movimento extremistas, de ultradireita, o que explica que algumas coisas não são coincidências.
Aqui, precisa se dizer das resistências, do combatentes espanhóis que lutaram contra a instauração do franquismo, que foram massacrados, mortos e muitos encarcerados pela ditadura, eles não estariam entre os racistas atuais, ao contrário.
Voltando ao tema do Vini Jr, como bem observa meu amigo Ricardo Queiroz:
“Vini Jr foi vítima de racismo – torcida adversária, clube e liga em conluio – pela énesima vez no campeonato espanhol.
Javier Tebas, o presidente da Liga Espanhola, apoiador do Vox, partido fascista de extrema direita, novamente minimizou o fato e atacou Vini Jr.
Racistas sendo racistas e ao redor, passadores de pano de toda espécie, desde os que segue afirmando que “futebol e política não se misturam” até aqueles que afirmam que deve haver punição, mas que Vini “também exagerou e está com mimimi”.
Olhem para a imagem de Vini Jr e Javir Tebas e reflitam”
A questão é que há uma aproximação entre racismo e as forças de ultradireita, é inescapável, as arenas esportivas acabam virando cenário de performance, basta lembrar as agressões que Dilma sofreu na abertura da copa do mundo, vinda da parte da elite branca que berrava palavrões e impropérios contra ela, de forma acintosa.
Nesse sentido há que se tomar medidas duras para combater Racismo, homofobia, sexismo e outras pragas, para que não se normatizem comportamentos infamantes.
Algumas medidas urgentes:
- Suspensão dos clubes da La Liga das competições internacionais, os ingleses forma punidos por causa dos hoolingans, na década de 80/90;
- Proibir compra de novos jogadores pelos clubes da La Liga por 5 anos e perda dos passes dos jogadores estrangeiros que quiserem jogar fora da Espanha;
- Multa no valor dos contratos de TV da La Liga, usar o dinheiro para campanha contra racismo, homofobia, xenofobia;
- Estabelecer regras claras para jogos de futebol, em casos de racismos, homofobia e atos que atentam contra a dignidade humana, imediata paralização do jogo, com perda dos pontos, mando de campo, ou jogo sem torcida;
Além disso, o governo brasileiro poderia convidar Vini Jr para ser embaixador do Brasil do combate ao Racismo.
Viva, Vini Jr, estamos juntos nessa luta,
Fuu discriminado num trem em Matchu Pitchu por um espanhol, por ser brasileiro…