Ontem, 23 de abril de 2023, um domingo, como outro qualquer, em que estando em São Paulo, vou à feira livre da Rua Carneiro da Cunha, próximo à minha residência. Há mais de 30 anos que frequento, é uma rotina, deixo o carro perto e sigo a pé para a obrigação, às vezes prazer de domingo de feira conheço quase todas as barracas, vi gerações se sucedendo.
Ontem não seria diferente, por volta de meio dia, se aproximando ao auge da feira, tento estacionar o carro, na rua Dias de Toledo, como sempre faço, mas estava lotada, apareceu uma vaga na rua Itapiru, com sombra, seria um dia de sorte?
Ao descer do carro e abrir o porta-malas para pegar o carrinho, dancei.
Dois rapazes se aproximam e anunciam o assalto, por um instante pensei que estavam pedindo informações, mas o revólver, a informação seria mais cara, levam a chave, o celular, alguns documentos e em menos de um minuto, veio a sensação de que algo tinha acontecido.
O carro à frente, um casal aguarda alguém, tranquilos, os aviso sobre o que aconteceu e eles nada tinham visto, peço celular emprestado, comunico á polícia, volto para casa, além de não comprar nada, de mãos vazias, vou atrás de bloquear os acessos de contas, aplicativos, avisar aos amigos e amigas para que não caiam em eventuais golpes.
O susto é o padrão, tudo acontece muito rápido, jamais reagiria, jamais andaria armado, ou faria qualquer coisa para obstar um assalto, nem aconselho ninguém que faça, o trabalho é de segurança pública, não nosso, as perdas financeiras acontecem todos os dias, perder um celular, documentos, até mesmo um carro, infelizmente é algo que pode acontecer em cidades grandes e médias.
Horas depois, a polícia e a seguradora localizaram o carro, tudo certo, sem avarias, sem nada perdido, exceto a chave, fiz um novo Boletim de ocorrências para receber o carro e levantar restrições, um novo celular e adrenalina de tudo, que vai demorar alguns dias para entender completamente.
Agradeço aos amigos, pelas mensagens, à minha companheira, minha filha, pela força. Agradecimento especial para companheira Luzia Cantal, que foi atrás de toda a ajuda possível e aos companheiros Elizeu Soares Lopes e Professor Cláudio Silva, ex e o atual Ouvidor da Polícias.
Domingo é sempre um drama, dia complicado para mim, em que coisas graves acontecem, mera coincidência, poderia ser na terça, na quinta.