A volta da Democracia, ou parte dela, só seria possível com Lula sendo candidato, nenhum outro reuniria a experiência politica, eleitoral e a densidade política nacional capaz de enfrentar o governo de destruição nacional de Bolsonaro e dos setores neofascistas do Brasil.
E mesmo assim, foi muito pouco, sem a ampla coalizão de forças políticas e partidárias, movimentos sociais, personalidades públicas, que foi da direita democrática aos setores mais à esquerda do espectro ideológico, era isso ou mais quatro anos de terra arrasada, não é preciso repetir o significado do que foram esses 6 anos, desde o GOLPE contra Dilma.
Dentro dessas contradições, grupo de partidos que apoiou Lula no primeiro turno, teve pouco mais de 1/3 dos parlamentares. No segundo turno com mais alguns apoios, chegou perto de 45% dos votos congressuais, obviamente na montagem do governo era preciso atrair mais forças políticas, aumentando as contradições e a disputa política.
È isso, ou não se tem Governo de Reconstrução do Brasil.
Ler reclamações sobre nomes e partidos, vetos, também faz parte da disputa política, dos interesses de grupos e das correntes políticas, mas em qual parte da Frente Ampla alguns não entenderam e se escandalizam com alguns nomes e espaços cedidos?
Infelizmente a coalizão inicial de apoio à chapa Lula-Alckmin (que já era ampla) não conseguiu vencer as eleições para o congresso e muitas das propostas de campanha, para serem viabilizadas, precisam de votos no parlamentar, não se governa por medidas provisórias, certo?
Mas como secundarizar um governo que terá: Marina Silva, Fernando Haddad, Silvio de Almeida, Sônia Guajajara, Alexandre Padilha, Paulo Teixeira, Simone Tebet, Nisia Trindade, Camilo Santana, Margarete Menezes, Anielle Franco e tantas e tantos outros nomes?
É importante que pelo menos 3/4 dos futuros ministros seriam nomes em qualquer condição de aliança, são personalidades com capacidade, sensibilidade política e compromisso com o Brasil. E não se poderia atrair novos apoios com qualquer ministério, é governo amplo e de contradições.
Há enormes espaços para os setores mais progressistas, que todos e todas possam reforçar e que esse setor seja a dinâmica maior, e, ademais, Lula é o timoneiro desse barco, tem-se que depositar nele a maior confiança para atravessar a tempestade.
As críticas são fundamentais, elas trazem e expõem as contradições, mas não se deve ficar paralisados, ou não entender o processo complexo de governar, retomar a possibilidade construir soluções, senão vira apenas crítica, caem no vazio, afinal qualquer espaço concedido vira crise, esquece-se os espaços prioritários conquistados e que precisam ter apoio e respostas.
Todo apoio ao Governo Lula!
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